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gentileza de Pércio de Moraes Branco
Branco, Pércio de Moraes - Lagoa Vermelha e municípios vizinhos. Porto Alegre, EST, 1993. 306 p. il.
ANDORINHA.
No Rio Grande do Sul, são encontradas onze das quatorze espécies de andorinhas brasileiras, três das quais apenas no verão. Uma outra espécie passa o inverno aqui e, no verão, migra para o Sul, rumo à Patagônia.
As andorinhas passam a maior parte do tempo no ar, à cata de insetos. Têm um vôo rápido (até 145 km/h) e ágil. Muitas vezes aparecem em bandos, pousadas nos fios, antenas e telhados, ao contrário dos andorinhões, que pertencem a outra família, e que costumam pousar em lugares inacessíveis.
Uma das andorinhas mais comuns no Rio Grande do Sul é a andorinha-de-testa-branca (Tachycineta leucorrhoa), de 13,5 cm, que mostra o ventre todo branco e verde-azulado, reluzente e escuro.
ANU-BRANCO (Guira guira).
Chamamos de anu-branco uma ave mais conhecida nesta região por alma-de-gato e rabo-de-palha e, em outras, por pelincho e outros nomes.
Alma-de-gato e rabo-de-palha são nomes inadequados porque designam também outras aves. Pelincho é um nome usado apenas no Rio Grande do Sul.
Por esses motivos e por ser o anu-branco um nome muito usado, inclusive em outros estados, deve-se dar preferência a ele. Além disso, trata-se de uma ave que tem parentesco com o anu, o que torna a denominação apropriada.
O anu-branco tem 40 cm de comprimento e pode ser visto em pequenos bandos tanto na cidade como nos campos e beira de matas. Tem uma cauda comprida e frouxa e voa baixo.
Pousa de modo muito desajeitado, levantando a cauda e dando a impressão de que vai capotar para a frente. Tem bico e olhos alaranjados, dorso marrom, peito esbranquiçado e uma crista frouxa
BEIJA-FLOR.
Existem 319 espécies de beija-flor, das quais apenas 18 ocorrem no nosso estado, sendo dez comuns. O beija-flor, também chamado de colibri, chupa-flor, pica-flor, chupa-mel, cuitelo, guanambi, guinumbi, guainumbi e guanumbi, tem características únicas: além de ser uma das aves mais velozes, só ele consegue parar no ar, voar para trás e em qualquer outra direção.
A menor ave que se conhece é um beija-flor, de Cuba.
Normalmente são bem coloridos, com reflexos metálicos, mas há beija-flores preto-e-brancos, também muito bonitos. São corajosos e belicosos, brigando com outros beija-flores e aves de outras espécies. Entretanto, nos bebedouros onde se põe água-doce, permitem que as cambacicas venha beber ao mesmo tempo que eles, sem importuná-las (o beija-flor-dourado, pelo menos). Têm visão e audição muito aguçadas. As espécies migratórias podem percorrer mais de 800 km em um só vôo.Não sabemos a que espécie pertencem os beija-flores de Lagoa Vermelha. Têm cerca de 10 cm e plumagem verde e azul, em vários tons.
Este é um pássaro muito conhecido, principalmente pelo seu canto inconfundível. Prefere as proximidades dos rios e banhados mas aparece também nas cidades. Tem 25 cm de comprimento e cores vivas: amarelo no ventre, marrom no dorso e cabeça escura com sobrancelha branca. É parecidíssimo com o neinei, mas os cantos são bem diferentes. Em outras regiões é conhecido por pituã e triste-vida.
CAMBACICA (Coereba flaveola).
A cambacica é também conhecida por sebinho, sebito, sebite, caga-sebo, amarelinho, tem-tem-coroado e guaratã. Tem apenas 11 cm de comprimento, mas se destaca pelo seu colorido vivo, peito amarelo, dorso escuro, garganta esbranquiçada e sobrancelha branca longitudinal.
O bico é relativamente longo e curvo. Aprecia muito o néctar da flores, perfurando-as na base para sugá-lo. Quando encontra um bebedouro de beija-flores com água doce, bebe freqüentemente. Um bebedouro desses que mantemos em nosso local de trabalho foi visitado durante mais de um ano e meio por uma cambacica que tinha uma perna só e que voltava sempre, mesmo quando, por motivo de férias, deixávamos de instalar o bebedouro por mais de 30 dias.
CANÁRIO-DA-TERRA (Sicalis flaveola).
O canário-da-terra é um pássaro comum em todo o Rio Grande durante o ano inteiro.
A fêmea tem cor marrom-clara em cima, sendo branca ou amarelo-clara em baixo, com riscos mais escuros no ventre. O macho é predominantemente amarelo, com as costas algo esverdeadas, contendo riscos escuros. Medem 13 cm e, ao contrário das demais espécies da sua família (Fringillidae), prefere usar os ninhos de cochicho ou joão-de-barro para botar seus ovos, em vez de construir ninho próprio. Pertencem à sua família o coleirinho, o tico-tico, o cardeal (que não aparece em Lagoa Vermelha) e o pintassilgo.
O canário-da-terra alimenta-se de sementes e pequenos artrópodes e pode ser visto em arbustos e árvores. É assim chamado para diferenciar do canário-do-reino, que foi trazido de Portugal. Recebe também os nomes de canário-do-ceará, canário-cabeça-de-fogo, canarinho e chapim.
COLEIRINHO (Sporophila caerulescens).
O coleirinho mede 11 cm e éassim chamado por possuir na garganta uma faixa branca. O restante da plumagem tem cor cinzenta, com ventre esbranquiçado. A fêmea é marrom-esverdeada em cima e mais clara em baixo.
Sua alimentação é composta de sementes de gramíneas e outras plantas de campo aberto, sendo, por isso, também chamado de papa-capim. Éabundante no verão em nosso Estado, tornando-se mais raro no inverno. Pode ser visto nos arbustos e árvores baixas. Recebe também os nomes de coleiro, coleirinha, coleira-virada e coleiro-virado
CORRUÍRA (Troglodites aedon).
A corruíra é pouco menor que o tico-tico (12 cm). Tem bico alongado, cor marrom nas asas e cauda, com peito esbranquiçado. Embora não tenha cor chamativa, seu canto é bem característico. É comum fazer ninho em áreas habitadas, debaixo de telhas, em vasos e plantas, ocos de troncos e até mesmo dentro de casas.
JOÃO-DE-BARRO (Furnarius rufus).
O joão-de-barro pode ser desconhecido por muitas pessoas mas seu ninho todos conhecem. Macho e fêmea constroem juntos uma casa de barro e pequenos galhos, muito resistente, em árvores e postes, às vezes sobre outras casas do mesmo tipo. Tem uma cor parda, ferruginosa nas costas e principalmente na cauda. Seu canto éforte, até mesmo algo espalhafatoso. A fêmea costuma pôr três ou quatro ovos, três vezes por ano. É também conhecido como joão-barreiro, barreiro, forneiro e pedreiro.
PARDAL (Passer domesticus).
O pardal é nativo da Europa e norte da África e foi trazido para o Brasil na década de 30 ou talvez antes. Aqui, adaptou-se muito bem à cidade e hoje pode ser visto em todo o país. Essa fácil adaptação permite que ela seja encontrado em todos os continentes, exceto a Antártica.
O pardal macho tem uma mancha preta no peito e na garganta (babador), manchas cor de ferrugem logo atrás dos olhos e brancas nas laterais da garganta. A fêmea é marrom-cinzenta, sem traços distintivos.
Como os tico-ticos, os pardais gostam muito de painço e outros grãos, comendo também insetos e artrópodes. Reunem-se em grandes bandos no fim do dia, em certas árvores, fazendo grande alarido e só sossegando quando anoitece. Há quem diga que eles expulsam os tico-ticos da cidade, mas isso é discutível. Nossas observações, por exemplo, mostram que é comum comerem juntos, sem brigar e, se algumas vezes o pardal expulsa o tico-tico, outras vezes é este que expulsa o primeiro.
PINTASSILGO (Spinus megallanicus).
O pintassilgo mede 13 cm e tem uma coloração viva, com predomínio da cor amarela, que aparece no ventre principalmente. As asas têm cor amarela e preta. A cauda é preta mas, em vôo, mostra também cor amarela. O macho tem cabeça preta. Na fêmea, a cabeça e o dorso são esverdeados.
Costuma aparecer em bandos de 10 a 20 aves e prefere o topo das árvores. Pode ser cruzado com o canário-do-reino, dando um híbrido chamado pintagol. Alimenta-se de sementes de capim e é também conhecido como pintassilva e pintassilgo-do-campo.
QUERO-QUERO (Vanellus chilensis).
Embora considerado por alguns ave típica do Rio Grande do Sul, o quero-quero ocorre em todo o Brasil, mesmo ao Norte do Equador e também na Austrália. É ave típica do campo e aprecia terrenos abertos e úmidos, o que não impede que seja vista próximo ao centro de Lagoa Vermelha. Na av. Presidente Vargas, junto à esquina com a rua Dr. Jorge Moojen, há um amplo terreno baldio onde já vimos diversos quero-queros.
O quero-quero mede 35 cm e exibe plumagem de cores branca, preta e cinzenta, com um penacho bem visível na cabeça. Muito mais conhecido que sua forma é o seu canto, facilmente reconhecível, que pode ser ouvido a grande distância e do qual derivam alguns de seus diversos nomes: quero-quero, téu-téu, tetéu e terém-terém. Mostra um esporão alaranjado na asa, usado para defesa.
É visto em todo o nosso Estado e em todas as épocas do ano e tem algumas características marcantes: nunca é visto empoleirado, apenas no ar ou no chão. Quando alguém se aproxima do seu ninho, mostra-se agressivo e tenta expulsar o invasor, mesmo que seja o Homem, dando vôos rasantes. Seu ninho é feito no chão, em campo aberto e sem proteção. A fêmea costuma pôr três ou quatro ovos, na primavera.
Além dos nomes citados, recebe também os de gaivota-preta, espanta-boiada e chiqueira.
(imagem do Quero-Quero enviada gentilmente por Luciane Sturm
ROLINHA-PICUÍ (Columbina picui).
Segundo Belton, a rolinha-picuí aparece em todo o Estado, exceto na região Nordeste, nas áreas acima de 800 m de altitude. Entretanto, Lagoa Vermelha se enquadra neste caso e esta ave aparece aqui, pelo menos no verão. É um pássaro de 16 cm, acinzentado (macho) ou cinza-amarronado (fêmea). O macho tem a cabeça mais clara que o resto corpo, de um cinza meio azulado. Quando voa, a rolinha mostra penas brancas na cauda e preto-e-brancas nas asas. É bem menos arisca que o tico-tico e o pardal e, quando em casais, mostra um comportamento muito amoroso.
SABIÁ-LARANJEIRA (Turdus rufiventris).
O sabiá-laranjeira é o mais conhecido dos diversos tipos de sabiás, sendo uma das aves mais populares do Brasil. É comum em todo o nosso Estado e durante o ano todo, tanto em jardins como em florestas. Pode ser visto no chão, em arbustos ou árvores. Costuma fazer ninho em laranjeira, daí seu nome.
Alimenta-se principalmente de frutas, apreciando em especial a laranja, mas come também minhocas, lagartas e outros animais. Mede 24 cm e tem cor laranja no ventre, o que o distingue do sabiá-coleira. Tem um canto forte e alegre, mas pouco variado e que repete muitas vezes, chegando a ser monótono. Mostra estrias na garganta.
É também conhecido como sabiá-cavalo, ponga, piranga, sabiá-de-barriga-vermelha, sabiá-laranja, sabiá-piranga, e sabiaponga.
SANHAÇO.
O sanhaço pertence à família Thraupidae, que inclui os gaturamos e as saíras. Há vários tipos de sanhaço, como o sanhaço-frade, o sanhaço-cinzento, o sanhaço-de-coqueiro e o sanhaço-papa-laranja. Em Lagoa Vermelha, parece-nos que ocorre o primeiro desses. O sanhaço-frade tem plumagem principalmente azul-escura, parecendo, às vezes, ser preto. Machos e fêmeas são muito semelhantes (ao contrário do que ocorre com o sanhaço-papa-laranja, espécie em que o macho é bem mais colorido que a fêmea).
Os sanhaços são todos grandes devoradores de frutas. Eles preferem o mato mas podem ser vistos em jardins e pequenos capões. Permanecem no nosso Estado durante todo o ano.
TESOURINHA (Muscivora tyrannus).
A tesourinha é uma ave facilmente reconhecível por sua longa cauda bifurcada, que lhe dá o nome. Mede no total 28 cm se for fêmea ou 38 cm se for macho, tendo este cauda mais longa. Tem ventre branco, costas cinzentas e cabeça e face pretas. Entre as penas do alto da cabeça, tem algumas de cor amarela que não costumam ser vistas, a não ser quando está excitada e/ou fazendo galanteios.
Aparece no nosso Estado em fins de setembro, migrando para o Norte em fins de fevereiro ou início de março, em bandos que totalizam milhões de indivíduos, segundo Belton. Costuma pousar nos fios, arames de cerca, antenas de televisão, etc. A fêmea costuma botar quatro ovos, no período em que aqui permanece. Alimenta-se de pequenos artrópodes e frutos.
O nome do tico-tico vem do tupi e deriva do seu canto. Esta ave e o pardal devem ser as duas espécies mais comuns no perímetro urbano de Lagoa Vermelha. Muitas pessoas confundem esses dois pássaros, apesar de terem diferenças facilmente percebíveis. O tico-tico tem cor marrom e mostra três listas pretas longitudinais na cabeça, com nuca cor de ferrugem características que o pardal não mostra. O dorso é marrom e preto, listado e a garganta é branca. A distribuição das cores é a mesma no macho e na fêmea. No tamanho, sim, assemelha-se ao pardal, medindo ambos 15 cm. Filhotes que já abandonaram o ninho mas ainda são alimentados pela mãe não mostram faixas pretas na cabeça e a mancha cor de ferrugem na nuca, tendo o peito pontilhado em preto e branco.
O tico-tico costuma fazer ninho no chão e muitas vezes fêmeas de vira-bostas nele põem seus ovos. Quando nascem os filhotes, pode-se ver a fêmea do tico-tico dando comida no bico aos filhotes do vira-bosta, bem maiores que ela, com a mesma dedicação com que alimenta seus próprios filhos.
O tico-tico é o pássaro de maior distribuição no nosso Estado, sendo visto em todas as suas regiões e durante o ano inteiro. Em outros pontos do país é também chamado de maria-é-dia e maria-judia.
MEDALHA DO MÉRITO RIO-GRANDENSE
Governador
premia tradicionalistas de fora do Estado com medalha do Mérito Rio-Grandense
O governador Germano Rigotto entrega, amanhã (19), às 17 horas, no salão
Negrinho do Pastoreio do Palácio Piratini, a medalha do Mérito Rio-Grandense a
50 presidentes do Movimento Tradicionalista Gaúchos (MTG) residentes fora do
Estado - como Santa Catarina, Ceará e Mato Grosso do Sul. Eles serão, também,
nomeados embaixadores e cônsules do Rio Grande em seus estados, proporcionando
maior destaque à valorização da tradição.
O presidente da Confederação Brasileira de Tradicionalismo (CBTG), idealizador
do título 'Cônsul Honorário do RS', Celso Souza Soares, disse que o ato é um
reconhecimento aos tradicionalistas que já trabalham na divulgação da cultura
gaúcha. "O governador reconhece os relevantes serviços que os
tradicionalistas prestam fora do Estado. O MTG age como um agente de integração
que possui 1.500 CTG?s fora do Rio Grande. O Estado está sendo bem representado
no Brasil inteiro. O gaúcho que está fora do seu estado natal preza o
sentimento de amor à tradição", afirmou Celso Soares.
Mérito Rio-Grandense
O evento contará com a presença do coral do CTG Porteira Velha, de Novo
Hamburgo, que deverá entoar o Hino Nacional, além de outras composições.
Liliana Cardoso, primeira mulher negra a ser campeã do Encontro Nacional de
Arte e Tradição, vai declamar uma poesia. A recepção será feira por 20 prendas
e peões que estarão vestidos de acordo com a indumentária. A comenda, criada
pelo Governo Germano Rigotto, visa premiar autoridades de diversos setores
pelos feitos em prol do Rio Grande do Sul. O governador já premiou mais de 100
personalidades do Estado e visitantes. O gaúcho campeão mundial de judô, João
Derly Nunes, recebeu a comenda por ter levado o nome do Estado ao exterior.
História
A Confederação Brasileira de Tradicionalismo é a entidade maior do Movimento
Gaúcho Brasileiro. Ela busca valorizar, organizar, defender, promover e
representar as tradições e a cultura gaúcha. A confederação foi fundada em 24
de maio de 1987, por um grupo de apreciadores da cultura que percebeu a
necessidade de união dos MTG's nacionais numa única organização. Segundo Celso
Soares, os fundadores da entidade buscam espalhar o amor às coisas gaúchas pelo
mundo. "Costumo dizer que povo sem tradição morre a cada geração. O
governador deseja preservá-la, através dos princípios de cidadania e do
sentimento de brasilidade", destacou o presidente da CBTG.
Relação de agraciados com os cargos de embaixadores e cônsules:
Embaixadores
Edio Schweitzer - presidente do Movimento Tradicionalista de Santa Catarina
Erton Rene Bittencourt - presidente Movimento Tradicionalista do Paraná
José Carlos de Oliveira - presidente do Movimento Tradicionalista de São Paulo
Airton Callai - presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Mato Grosso
João Ermelino de Mello - presidente do Movimento Tradicionalista do Mato Grosso
do Sul
Dorvílio José Calderan - presidente da Federação Tradicionalista do Planalto
Central
Carlos Viegas - presidente da União Tradicionalista Gaúcha do Nordeste
Marcus da Cruz Machado - presidente União Tradicionalista Gaúcha do Rio de
Janeiro
Celivio Holz - 1º Vice-Presidente CBTG
Cônsules
Wilson da Silva Porto - Diretor Geral CBTG
Luiz Antonio Lodi Morais - 2º vice-presidente Confederação Brasileira da
Tradição Gaúcha
Célio Castro - representante da CITG- (Confederação Internacional da Tradição
Gaúcha)
Amarildo Fernandes Castagin - coordenador Regional
Osmail José Garcia - coordenador Regional
Newton Apolinário de Oliveira - conselheiro do Movimento Tradicionalista do
Paraná
Ernani José Barea - coordenador Regional
Antonio Sbano - assessor Jurídico do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Paraná
Baltazar Paszko - coordenador Regional
Leônidas Roberto Dangui - coordenador Regional
Luiz Carlos Naiem - conselheiro do Movimento Tradicionalista do Paraná
João Osmar Bantle - coordenador Regional
Luiz Grando - conselheiro do Movimento Tradicionalista do Paraná
José Maria Vaz - coordenador Regional
Luiz Fernando Pereira - coordenador Regional
Francisco Borges de Lima - coordenador Regional
Elizete M.Z.Santos - coordenadora Regional
Mauro Correa de Almeida - conselheiro do Movimento Tradicionalista do Paraná
Homero Ernane Pohlmann - coordenador Regional
Mauro Roberto Contri - coordenador Regional
Getúlio Taborda - presidente de Honra da Federação Tradicionalista Gaúcha do Planalto
Central
Jose Paulo de Quadros Rodrigues - coordenador Regional
Jose Carlos Cardoso - coordenador Regional
Otaviano da Fonseca - coordenador Regional
Nelson Henkemeier - conselheiro Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha
Gicele Poerschke - patroa do Centro de Tradições Gaúchas Rincão dos Guararapes
Marco Antonio Silva Fernandes de Lima - 1º vice-Presidente Movimento
Tradicionalista Gaúcho de São Paulo
Carlos Roberto Pignone Gonzalez - diretor de Finanças Movimento Tradicionalista
Gaúcho de São Paulo
Francisco Carlos Fighera - diretor departamento de Comunicação Movimento
Tradicionalista Gaúcho de São Paulo
Verni Helmbrecht - coordenador Regional
Leocir Bellaver - coordenador Regional
Marcos Antônio Giumbelli - coordenador Regional
Itamar Sebastião Mattos - conselheiro Movimento Tradicionalista Gaúcho de Santa
Catarina
Taurino Pereira - presidente ORCAV/SC (Ordem dos Cavaleiro de Santa Catarina)
Edson Dirço do Amaral - diretor Financeiro Movimento Tradicionalista Gaúcho de
Santa Catarina
Pedro Joceli Zilli - conselheiro Movimento Tradicionalista Gaúcho de Santa
Catarina
Jacó Momm Filho - conselheiro da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha
Mauro Brasil Costa - vice-presidente União Tradicionalista Gaúcha do Rio de
Janeiro
Fábio Luis Mattos Goulart - diretor geral União Tradicionalista Gaúcha do Rio
de Janeiro
Edemir Antonio Machado de Oliveira - diretor de
eventos da União Tradicionalista Gaúcha do Rio de Janeiro
O presidente da Confederação Brasileira de Tradicionalismo (CBTG), idealizador do título 'Cônsul Honorário do RS', Celso Souza Soares, disse que o ato é um reconhecimento aos tradicionalistas que já trabalham na divulgação da cultura gaúcha. "O governador reconhece os relevantes serviços que os tradicionalistas prestam fora do Estado. O MTG age como um agente de integração que possui 1.500 CTG?s fora do Rio Grande. O Estado está sendo bem representado no Brasil inteiro. O gaúcho que está fora do seu estado natal preza o sentimento de amor à tradição", afirmou Celso Soares.
Mérito Rio-Grandense
O evento contará com a presença do coral do CTG Porteira Velha, de Novo Hamburgo, que deverá entoar o Hino Nacional, além de outras composições. Liliana Cardoso, primeira mulher negra a ser campeã do Encontro Nacional de Arte e Tradição, vai declamar uma poesia. A recepção será feira por 20 prendas e peões que estarão vestidos de acordo com a indumentária. A comenda, criada pelo Governo Germano Rigotto, visa premiar autoridades de diversos setores pelos feitos em prol do Rio Grande do Sul. O governador já premiou mais de 100 personalidades do Estado e visitantes. O gaúcho campeão mundial de judô, João Derly Nunes, recebeu a comenda por ter levado o nome do Estado ao exterior.
História
A Confederação Brasileira de Tradicionalismo é a entidade maior do Movimento Gaúcho Brasileiro. Ela busca valorizar, organizar, defender, promover e representar as tradições e a cultura gaúcha. A confederação foi fundada em 24 de maio de 1987, por um grupo de apreciadores da cultura que percebeu a necessidade de união dos MTG's nacionais numa única organização. Segundo Celso Soares, os fundadores da entidade buscam espalhar o amor às coisas gaúchas pelo mundo. "Costumo dizer que povo sem tradição morre a cada geração. O governador deseja preservá-la, através dos princípios de cidadania e do sentimento de brasilidade", destacou o presidente da CBTG.
Relação de agraciados com os cargos de embaixadores e cônsules:
Embaixadores
Edio Schweitzer - presidente do Movimento Tradicionalista de Santa Catarina
Erton Rene Bittencourt - presidente Movimento Tradicionalista do Paraná
José Carlos de Oliveira - presidente do Movimento Tradicionalista de São Paulo
Airton Callai - presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Mato Grosso
João Ermelino de Mello - presidente do Movimento Tradicionalista do Mato Grosso do Sul
Dorvílio José Calderan - presidente da Federação Tradicionalista do Planalto Central
Carlos Viegas - presidente da União Tradicionalista Gaúcha do Nordeste
Marcus da Cruz Machado - presidente União Tradicionalista Gaúcha do Rio de Janeiro
Celivio Holz - 1º Vice-Presidente CBTG
Cônsules
Wilson da Silva Porto - Diretor Geral CBTG
Luiz Antonio Lodi Morais - 2º vice-presidente Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha
Célio Castro - representante da CITG- (Confederação Internacional da Tradição Gaúcha)
Amarildo Fernandes Castagin - coordenador Regional
Osmail José Garcia - coordenador Regional
Newton Apolinário de Oliveira - conselheiro do Movimento Tradicionalista do Paraná
Ernani José Barea - coordenador Regional
Antonio Sbano - assessor Jurídico do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Paraná
Baltazar Paszko - coordenador Regional
Leônidas Roberto Dangui - coordenador Regional
Luiz Carlos Naiem - conselheiro do Movimento Tradicionalista do Paraná
João Osmar Bantle - coordenador Regional
Luiz Grando - conselheiro do Movimento Tradicionalista do Paraná
José Maria Vaz - coordenador Regional
Luiz Fernando Pereira - coordenador Regional
Francisco Borges de Lima - coordenador Regional
Elizete M.Z.Santos - coordenadora Regional
Mauro Correa de Almeida - conselheiro do Movimento Tradicionalista do Paraná
Homero Ernane Pohlmann - coordenador Regional
Mauro Roberto Contri - coordenador Regional
Getúlio Taborda - presidente de Honra da Federação Tradicionalista Gaúcha do Planalto Central
Jose Paulo de Quadros Rodrigues - coordenador Regional
Jose Carlos Cardoso - coordenador Regional
Otaviano da Fonseca - coordenador Regional
Nelson Henkemeier - conselheiro Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha
Gicele Poerschke - patroa do Centro de Tradições Gaúchas Rincão dos Guararapes
Marco Antonio Silva Fernandes de Lima - 1º vice-Presidente Movimento Tradicionalista Gaúcho de São Paulo
Carlos Roberto Pignone Gonzalez - diretor de Finanças Movimento Tradicionalista Gaúcho de São Paulo
Francisco Carlos Fighera - diretor departamento de Comunicação Movimento Tradicionalista Gaúcho de São Paulo
Verni Helmbrecht - coordenador Regional
Leocir Bellaver - coordenador Regional
Marcos Antônio Giumbelli - coordenador Regional
Itamar Sebastião Mattos - conselheiro Movimento Tradicionalista Gaúcho de Santa Catarina
Taurino Pereira - presidente ORCAV/SC (Ordem dos Cavaleiro de Santa Catarina)
Edson Dirço do Amaral - diretor Financeiro Movimento Tradicionalista Gaúcho de Santa Catarina
Pedro Joceli Zilli - conselheiro Movimento Tradicionalista Gaúcho de Santa Catarina
Jacó Momm Filho - conselheiro da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha
Mauro Brasil Costa - vice-presidente União Tradicionalista Gaúcha do Rio de Janeiro
Fábio Luis Mattos Goulart - diretor geral União Tradicionalista Gaúcha do Rio de Janeiro
Edemir Antonio Machado de Oliveira - diretor de eventos da União Tradicionalista Gaúcha do Rio de Janeiro
NILTON FERREIRA NA ACIT
Ivete, Nilton Ferreira e Edson Campagna
Um dos maiores intérpretes da musicalidade riograndense que fala de chão, que tem cheiro de massanilha pisoteada pelos cascos dos baguais, Nilton Ferreira, assina contrato com a Gravadora ACIT. Temos absoluta certeza de que este grande cantor que prima pela autenticidade, pelo versejar crioulo, alavancará, ainda mais, sua já exitosa carreira. Temos falta de mais Niltons Ferreiras neste meio artístico. Nada contra a música galponeira (da qual sou oriundo) ou do regionalismo popularesco, mas tem momentos que nossa alma precisa de um tema para ouvir mateando, bombeando o horizonte, pensando longe... É nesta hora que o disco do Nilton Ferreira vai para a vitrola e nosso pensamento retorna ao Rio Grande antigo.
Fonte: blog do poeta e tradicionalista Léo Ribeiro:
ISSO QUE TIRARAM O QUESITO "BELEZA"
...DOS CONCURSOS DE PRIMEIRA PRENDA
(IMAGINEM SE NÃO TIVESSEM TIRADO)
Caroline Lemos - 1ª Prenda do Rio Grande do Sul - Gestão 2014/2015
Fonte: blog do poeta e tradicionalista Léo Ribeiro:
VOCÊ SABIA?
1
- QUE NO RIO GRANDE
DO SUL A REPÚBLICA MADRUGOU EM 11 DE SETEMBRO DE
1836?!
2
- QUE NO TRATADO DE PONCHO
VERDE, NA REVOLUÇÃO FARROUPILHA ,
FOI DADA PELA PRIMEIRA VEZ A ALFORRIA AOS
ESCRAVOS EM 28 DE FEVEREIRO DE 1845?!
3 - QUE A
PRIMEIRA ENTIDADE FUNDADA
FORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL, FOI A
SOCIEDADE SUL-RIOGRANDENSE,
NO RIO
DE JANEIRO, EM 8 DE NOVEMBRO
DE 1857, POR ANTONIO ALVES PEREIRA CORUJA?! E QUE ELA ESTÁ
ATIVA ATÉ HOJE?!
4
- QUE NO RIO GRANDE DO SUL
O TRADICIONALISMO INICIOU COM A
FUNDAÇÃO DO PARTIDO LIBERAL, EM
1860, POR GASPAR DA SILVEIRA
MARTINS!?
5 - NO RIO GRANDE
DO SUL A PRIMEIRA
ORGANIZAÇÃO TRADICIONALISTA FOI
A FUNDAÇÃO DA
SOCIEDADE PARTENOM LITERÁRIO, FUNDADA EM 1868, E LIDERADA PELO
JOVEM ESCRITOR DE 24 ANOS,
APOLINARIO PORTOALEGRE.?! ELE PUBLICOU
SEU ROMANCE “ O
VAQUEANO “ EM 1872.
6 - QUE A
PRIMEIRA INICIATIVA POPULAR
DA PIONADA DAS ESTÂNCIAS, FOI O
ARTIGO PUBLICADO EM 1896 POR ALFREDO
FERREIRA RODRIGUES?!
7
- QUE O PRIMEIRO MOVIMENTO ORGANIZADO, VOLTADO Á DEFESA
DA TRADIÇÃO GAÚCHA , SUA ARTE ,
LUTAS, USOS E COSTUMES, FOI A FUNDAÇÃO DO
GRÊMIO GAÚCHO DE
PORTO ALEGRE EM
22 DE MAIO
DE 1898, POR JOÃO CEZIMBRA
JAQUES?! ELE É CONSIDERADO O PATRONO
DO TRADICIONALISMO.
8
- QUE FOI O GRÊMIO
GAÚCHO QUEM REALIZOU O
PRIMEIRO DESFILE DE
CAVALARIANOS NA CAPITAL
GAÚCHA?!
9
- QUE NA DÉCADA DE QUARENTA UM GRUPO DE JOVENS
ESTUDANTES LIDERADOS POR JOÃO
CARLOS PAIXÃO CORTES
E LUIS CARLOS
BARBOSA LESSA, FUNDARAM O DEPARTAMENTO
DE TRADIÇÃO GAÚCHA
DO GRÊMIO ESTUDANTIL
JÚLIO DE CASTILHOS, EM
PORTO ALEGRE E
EM SETEMBRO DE
1947 , COM A
CENTELHA DO FOGO
SIMBÓLICO DA PÁTRIA, INSTITUÍRAM A
CHAMA CRIOULA, E AS
COMEMORAÇÕES FARROUPILHAS?!
10 - QUE EM
24 DE ABRIL
1948 FOI FUNDADO O
35º CENTRO DE
TRADIÇÕES GAÚCHAS, PRIMEIRO
C.T.G DO RIO
GRANDE DO SUL?!
11 - QUE
O PIQUETE NATIVISTA
DE TRADIÇÃO E
FOLCLORE “VENTO XUCRO“
FOI FUNDADO EM
29 DE JULHO
DE 1992 EM JAGUARI, RIO GRANDE DO
SUL?!
12 -
QUE GRUPO GAÚCHO
DE ARTE, TRADIÇÃO
E FOLCLORE FOI
FUNDADO EM 20
DE JUNHO DE
1987 NO RIO DE
JANEIRO?!
13 -
QUE O
GENERAL DAVID CANABARRO,AO
RECUSAR O APOIO
DE ROSAS, GENERAL ARGENTINO, PARA CONTINUAR A
LUTA CONTRA O
IMPÉRIO BRASILEIRO, TERIA
RESPONDIDO AO EMISSÁRIO
DE ROSAS: “COM O
SANGUE DO PRIMEIRO
ESTRANGEIRO QUE ATRAVESSAR
A FRONTEIRA CELEBRAREMOS
A PAZ COM
O IMPÉRIO, ACIMA DO
NOSSO SENTIMENTO REPUBLICANO
ESTÁ O DE
BRASILIDADE”?!
14 - QUE TRECHOS COM PROCLAMAÇÕES
DE DAVID CANABARRO
E O BARÃO DE
CAXIAS, FIADORES DA
PAZ DE PONCHE
VERDE ( 1º DE
MARÇO DE 1845 ), EM
TERMOS HONROSOS, ESTÃO
GRAVADOS EM BRONZE, JUNTAS E
EM DESTAQUE , NO HALL
DA ENTRADA DO CLUBE
MILITAR (AV RIO BRANCO, RIO
DE JANEIRO) PARA A REFLEXÃO
E ADMIRAÇÃO DE
TODOS?!
"UMA SÓ VONTADE NOS
UNA RIO-GRANDENSES. MALDIÇÃO ETERNA
A QUEM OUSAR
RECORDAR-SE DAS NOSSAS
DISENÇÕES. UNIÃO E
TRANQÜILIDADE SEJA DE HOJE
EM DIANTE NOSSA
DIVISA"
DATAS HISTÓRICAS
1492 - Colombo descobre a América,
chegando às ilhas da América Central.
1500 - Cabral chega ao Brasil, desembarcando nas costas da Bahia.
1501 - Caravelas portuguesas, primeiro e logo depois as espanholas
começam a aparecer nas costas gaúchas, mas sem desembarque, porque as praias
eram perigosas e não haviam portos naturais.
1531 - Os navegantes portugueses Martim Afonso de Souza e Pero Lopes,
sem desembarcar nas praias gaúchas, batizam com o nome de Rio Grande de São
Pedro a barra que vai permitir mais tarde a passagem de navios do Oceano
Atlântico para a Lagoa dos Patos.
1626 - O padre jesuíta Roque Gonzalez de Santa Cruz, nascido no
Paraguai, atravessa o rio Uruguai e funda o povo de São Nicolau, assinalando
oficialmente a chegada do homem branco ao território gaúcho. Na realidade não
se sabe quem foi o primeiro branco a chegar aqui, porque nesse mesmo ano, ao
visitar o rio Guaíba (Iguaí) o padre Roque já encontrou na região onde hoje
está Porto Alegre, navios portugueses comerciando com os índios. Evidentemente,
esses navios tinham vindo pelo mar, forçando a barra do Rio Grande e
atravessando a Lagoa dos Patos.
1634 - O padre jesuíta Cristobal de Mendoza Orellana (Cristóvão de
Mendonça) introduz o gado nas missões Orientais, o que vai justificar mais
tarde o surgimento do gaúcho.
1641 - Os jesuítas são expulsos do Rio Grande do Sul pelos bandeirantes
depois de fundarem 18 reduções ou povos. Essas aldeias foram todas arrasadas e
o gado, um pouco foi escondido na Vacaria dos Pinhais, outro pouco eles levaram
para Argentina na sua fuga e a maior parte se esparramou, virando
"chimarrão", que quer dizer selvagem. Graças ao padre Cristóvão de
Mendonça, esse gado, que não tinha marca nem sinal, ficou também chamado
"orelhano".
1680 - Finalmente Portugal resolve marcar presença na região Sul para
enfrentar o expansionismo espanhol: Dom Manole Lobo funda a Colônia do
Santíssimo Sacramento, que vair ser decisiva para o surgimento do Gaúcho.
1682 - Os bandeirantes estão ocupados com o ouro e as pedras preciosas
das Gerais, esquecendo os nossos índios. Voltam então os jesuítas espanhois ao
solo gaúcho fundando primeiro São Francisco de Borja, hoje a cidade de São
Borja, o mais antigo núcleo urbano do Rio Grande do Sul. Entre 1682 a 1701 eles
fundaram 8 povos em território gaúcho, dos quais 7 properaram. São os 7 povos
das missões: São Francisco de Borja, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Miguel
Arcanjo, São Lourença Martin, São João Batista e Santo Ângelo Custódio.
1750 - Assinado o Tratado de Madri entre Espanha e Portugal, pelo qual
os portugueses dão aos espanhóis a Colônia do Sacramento e recebem em troca os
7 Povos das Missões. Os padres jesuítas espanhóis não se conformam com a troca
e os índios missioneiros se revoltam. Vai começar a chamada Guerra das Missões.
1756 - A 7 de fevereiro morre em uma escaramuça o índio José Tiarayu, o
Sepé, junto a Sanga da Bica (hoje dentro do perímetro urbano de São Gabriel)
morto pelas forças espanholas e portuguesas. Três dias mais tarde ocorre o
massacre de Caiboaté (ainda no município de São Gabriel) onde em 1 hora e 10
minutos os exércitos de Espanha e Portugal mataram quase 1500 índios e tiveram
apenas 4 baixas. Em Caiboaté foi vencida a resistência missioneira
definitivamente. Ao abandonarem as Missões os jesuítas carregaram o que puderam
e incendiaram lavouras, casas e até igrejas.
1762 - Assinado o Pacto de Família, que anulou praticamente o Tratado de
Madri. Ou seja, os 7 povos continuaram sob o domínio da Espanha e a Colônia de
Sacramento continuou portuguesa.
1763 - Tropas espanholas invadem o Brasil apoderando-se do Forte de Santa
Tereza e a cidade de Rio Grande e de São José do Norte. No período da dominação
espanhola começa a brilhar um herói autenticamente gaúcho. Rafael Pinto
Bandeira.
1776 - Os espanhóis são expulsos do Ri Grande. Mas o forte de Santa
Tereza jamais foi recuperado. Hoje está em território uruguaio.
1780 - O cearense Domingos José Martins funda em Pelotas a primeira
charqueada com características empresariais. Logo as charqueadas vão ser
decisivas na economia gaúcha. O negro entra maciçamente no Rio Grande do Sul,
como escravo das charqueadas.
1801 - Três heróis rio-grandenses, com poucos seguidores, conquistam para
Portugal os 7 Povos da Missões. Aumento em 1/3 o mapa do Rio Grande do Sul. São
eles: José
Borges do
Canto, Manoel dos Santos Pedroso e Gabriel Ribeiro de Almeida.
1808 - Acossada pelas tropas napoleônicas a família real portuguesa foge
para o Rio de Janeiro.
1810 - Começa EL AÑO DIEZ, marco da libertação das colônias espanholas
da América.
1811 - Pedro José Vieira, vulgo "Perico, el Bailarín", que era
gaúcho de Viamão, acompanhado pelo uruguaio Venâncio Benavidez dá o Grito de
Asencio, que é o primeiro grito da independência do Uruguai. Surge o herói
uruguaio José Artigas.
1815 - Tropas brasileiras e portuguesas tomam Montevidéo anexando o
Uruguai ao Brasil com o nome de Província Cisplatina. Nessas Lutas até a
independência final do Uruguai aparece e ganha prática e galões Bento Gonçalves
da Silva.
1822 - O príncipe português Pedro de Alcântara, da casa de Bragança,
proclama a independência do Brasil e é aclamado Imperador, com o nome de Dom
Pedro I.
1824 - A 18 de julho desembarcaram em Porto Alegre os primeiros 39
colonos alemães. A 25 de julho eles se instalam nas margens do rio dos Sinos,
na Real Feitoria do Linho Cânhamo, hoje a cidade de São Leopoldo.
1827 - A 20 de fevereiro acontece a batalha do Passo do Rosário, onde
tropas uruguaias e argentinas, que tinham invadido o Rio Grande do Sul, se
enfrentam com tropas brasileiras. Os maiores heróis das 3 pátrias tomaram parte
na batalha, onde morreu o Marechal José de Abreu, chamado por seus soldados o
"Anjo da Vitória". Apesar das declarações vitoriosas dos dois
exércitos, não houveram vencedores.
1828 - É proclamada definitivamente a independência do Uruguai.
1835 - Explode a chamada Revolução Farroupilha. A 20 de setembro, os
revolucionários comandados por Bento Gonçalves tomam Porto Alegre, capital da
Província. As causas são políticas, econômicas, sociais e militares. A
Província de São Pedro do Rio Grande do Sul estava arrasada pelas guerras e
praticamente abandonada pelo Império do Brasil, meio desgovernado depois da
volta de Dom Pedro I a Portugal.
1836 - A 11 de setembro o coronel farroupilha Antônio de Souza Neto,
depois de uma estrondosa vitória sobre as forças imperiais brasileiras no Seival,
proclama a República Rio-grandense. Nesse mesmo ano Bento Gonçalves da Silva é
aprisionado após batalha da ilha do Fanfa e enviado com muitos oficiais
farrapos ao Rio de Janeiro e depois para o Forte do Mar, na Bahia. O governo da
nova república se instala em Piratini e Bento Gonçalves da Silva é eleito
Presidente. Como está preso, assume em seu lugar José Gomes de Vasconcelos
Jardim. Piratini é a Capital.
1837 - Organiza-se o governo republicano. São nomeados Generais: Antônio
de Souza Neto, João Manoel de Lima e Silva, Bento Gonçalves da Silva e mais
tarde David Canabarro, Bento Manoel Ribeiro e João Antônio da Silveira.
Enquanto durou, a República Rio-grandense só se teve estes seis Generais.
1839 - A República parece consolidada, a marinha de guerra está sob o
comando efetivo de José Garibaldi, corsário italiano trazido ao Rio Grande do
Sul pelo Conde Livio Zambeccari, através da maçonaria. Os farrapos decidem
levar a república ao Brasil. Um exército comandado por David Canabarro e
apoiado pela Marinha de Garibaldi proclama em Santa Catarina a República
Juliana. A capital da República Rio-grandense passa a ser Caçapava.
1841 - A Capital da República Rio-grandense passa a ser Alegrete, onde
se instala a Assembleia Nacional Constituinte.
1842 - Bento Gonçalves da Silva, no começo deste ano, se bate em duelo
com Onofre Pires, que morre em consequência do ferimentos. Após o duelo Bento
Gonçalves da Silva entrega o governo e o comando do exército republicano.
1845 - A 28 de fevereiro os farrapos assinam a paz com o Império do
Brasil no acampamento do Ponche Verde, em Dom Pedrito. O Rio Grande do Sul
volta a fazer parte do Brasil.
1847 - Morre Bento Gonçalves da Silva, em Pedras Brancas, hoje Guaíba. O
grande herói gaúcho estava pobre e doente quando terminou a Guerra do Farrapos.
1851 - Antigos farrapos, ao lado de seus ex-inimigos, agora todos
fazendo parte do exército imperial brasileiro, derrotam o ditador Rosas da
Argentina.
1852 - Nesse ano aparece a primeira pesquisa sobre o folclore gaúcho,
uma coleção de vocábulos e frases organizados por Antônio Alvares Pereira
Coruja.
1857 - Intelectuais gaúchos imigrados na Corte, fundam no Rio de Janeiro
a primeira entidade tradicionalista gauchesca, a Sociedade Sul-rio-grandense,
que existe até hoje.
1864 - Os gaúchos tomam parte na invasão do Uruguai e na derrota de
Oribe.
1917 - Funda-se o primeiro frigorífico no Rio Grande do Sul,
aproveitando a oportunidade econômica aberta pela I Guerra Mundial. Os frigoríficos,
a rigor, vieram substituir as antigas charqueadas.
1923 - No começo do ano a Aliança Liberal, chefiada por Assis Brasil,
deflagra uma revolução contra o Governo Republicano de Borges de Medeiros.
Novamente lutam nas coxilhas gaúchas, maragatos e governistas, mas estes,
agora, são chamados "chimangos". A paz só é alcançada no fim do ano
no Castelo de Assi Brasil, em Pedras Altas, Pelotas.
1924 - Jovens tenentes liderados pelo Capitão Luiz Carlos Prestes
levantaram nas Missões militares civis contra o governo brasileiro, de Artur
Bernardes. Vai começar a odisséia da Coluna Prestes. Poucos anos depois a
Brigada Militar viajará até de navio para o nordeste brasileiro a fim de ajudar
na caçada da "Coluna Invicta".
1926 - A Coluna Prestes continua sua marcha invicta pelos sertões
brasileiros. Em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, os irmãos Etchegoyen
levamtam militares e civis em armas contra o governo. Apesar de vitórias
inicias o movimento se dissolve sem maiores conseqüências.
1928 - Registram-se movimentos armados em Bom Jesus.
1930 - Chimangos e maragatos marcham lado a lado na revolução que
derruba o presidente brasileiro Washington Luiz e colocar no poder Getúlio
Vargas. Os gaúchos amarram os cavalos no obelisco da Avenida Rio Branco, no Rio
de Janeiro, Capital da República.
1932 - Revolta em São Paulo e no Rio Grande do Sul contra o Governo de
Getúlio Vargas. Em Santa Maria e em Soledade, o movimento messiânico conhecido
como "Os Monges Barbudos do Lagoão".
1937 - O Rio Grande do Sul tenta resistir à ditadura de Getúlio Vargas
mas o Presidente de Estado, Flores da Cunha, prefere evitar o banho de sangue e
se asila em Montevidéo. Instaurada a ditadura varguista, o Rio Grande do Sul,
como os outros Estados brasileiros, tem proibidos os seus símbolos: a bandeira,
o hino e o brasão.
1938 - A 31 de janeiro é fundada em Lomba Grande a Sociedade Gaúcha
Lomba-grandense, entidade tradicionalista que, com atuação ininterrupta, existe
até os nossos dias.
1943 - Tropas gaúchas, inclusive voluntárias, vão lutar na Itália contra
as forças nazistas. Inúmeros gaúchos são condecorados por bravura em combate,
inclusive integrantes do a 1º Batalhão de Caças da FAB, os
"Avestruzes". Em Ijuí, a 12 de outubro, é fundado o Clube
Farroupilha, para a defesa das ameaçadas tradições gaúchas. Sem interromper as
suas atividades o Clube Farroupilha, agora já com forma de CTG, está mais forte
de que nunca.
1945 - Como um dos aliados, o Brasil é vencedor da II Guerra Mundial.
Pela primeira vez é um país rico! O ditador Getúlio Vargas é derrubado, volta a
democracia e o Rio Grande do Sul recupera os seus símbolos estaduais.
1947 - O Rio Grande do Sul, como o Brasil inteiro, está sob bombardeio
cultural estrangeiro. O gaúcho é ignorado e até desprezado. Em setembro 8
cavalarianos comandados por Paixão Côrtes, escoltam os restos mortais do
General David Canabarro pelas ruas de Porto Alegre. É o primeiro grito de
revolta da mocidade gaúcha em defesa das nossas tradições e que tem larga
repercussão. Nesse mês realiza-se no Colégio Júlio de Castilhos, em Porto
Alegre, a 1ª Ronda Farroupilha, com o acendimento do Candeeiro Crioulo,
fandango, escolha da 1ª Prenda e escolha dos gaúchos melhor pilchados. A 1ª
Ronda Crioula da história do Tradicionalismo foi também a mais longa: da zero
hora do dia 8 até a meia-noite do dia 20 de setembro.
1948 - A 24 de abril funda-se em Porto Alegre o "35" Centro de
Tradições Gaúchas. Glaucus Saraiva, que dá a entidade a estrutura de uma
estância simbólica, é leito primeiro Patrão. O "35" CTG forneceu o
modelo às demais entidades tradicionalistas, deflagrando um autêntico Movimento,
influindo até mesmo nas entidades anteriores, como a União Gaúcha, a Sociedade
Gaúcha Lomba-grandense e o Clube Farroupilha.
1954 - Instala-se em Porto Alegre, como um órgão da Secretaria da
Educação e Cultura, o Intituto de Tradição e Folclore, sob a direção do
Dr.Carlos Galvão Krebs. Nesse mesmo ano realiza-se em Santa Maria o I Congresso
Tradicionalista do Rio Grande do Sul.
1956 - Funda-se e, Porto Alegre a Estância da Poesia Crioula, Academia
de Letras do gauchismo.
1974 - Por iniciativa de Glaucus Saraiva, é criada a Fundação Gaúcho de
Tradição e
Folclore,
incorporando o acervo do IGTF, que estava com as suas atividades paralisadas
desde alguns anos.
MEU RANCHO
No meu ranchito crioulo
tenho todos meus regalos,
a criação, o cavalo
e a linda prenda trigueira.
Por ali, depois da lida,
com ela tomo um amargo
e assim eu passo, a lo largo,
estas tardes domingueiras.
Gravura: autor desconhecido
Verso: LéoRibeiro
http://blogdoleoribeiro.blogspot.com.br
BANDEIRAS DO BRASIL
Fonte: Wikipédia
DITOS GAUCHESCOS
ANDAR COM OS
BASTOS LADEADO: Estar Enojado,
Aluado...
APERTADO COMO
TRANÇA DE OITO: Se diz namorados que andam
apertadinhos, juntos...
ESQUENTAR A ÁGUA
PARA OUTRO TOMAR MATE: Se diz
quando se prepara algo,outros se aproveitam.
COMO GUACHO POR
LEITE: Estar ansioso por algo...
COMO LISTA DE PONCHO: Algo fácil, que vai saindo de modo
regular e uniforme...
COMO SUSTO Á MEIA NOITE: Se
diz de uma pessoa muito
feia...
COMO SERÁ O
CANHADÃO, SE O GATO VEM
A TROTE: Quando se
suspeita de uma pessoa contando proezas ,quando se sabe de sua covardia e pouca capacidade
de realizar...
QUANDO A
MANGUEIRA É PEQUENA ATÉ GRINGO PIALA: Referindo-se a algo que se faz
com facilidade...
QUANDO SE ESTÁ
MONTADO EM POTROS, TEM QUE AGÜENTAR OS CORCOVOS:Uma
vez metido em
algo,lutar contras todas
as dificuldades...
DEIXAR COMO PAU
DE GALINHEIRO: Insultar alguém com toda a classe
de más palavras...
ONDE A ÉGUAS,
POTROS NASCEM: Em qualquer
agrupamento humano , se encontra
homens valentes e
capazes
DURAR COMO
CORDEIRO GORDO EM TROPA
PEQUENA: Por pouco
tempo...
EM ESTADO DE
MERECER: Se diz das
moças prontas para casar...
É NA CANCHA QUE
SE CONHECE O PINGO:
Por a prova
uma pessoa, e
ver se confirma
o que aparenta...
ENTRE BOIS NÃO
A CORNADAS: Pessoas
de um mesmo
oficio, profissão, se entendem
e se
respeitam
É A ULTIMA
CARTA DO BARALHO:
Se diz de
uma pessoa má , ruim
e.t.c
ATÉ VER-TE CRISTO
MEU: Antigamente em alguns
bolichos, pulperias,
o gaúcho ao tomar um
copo de vinho, canha,e.t.c ,Havia alguns copos e canecas que na sua
borla superior estava pintado
um Diabo, o no fundo
do mesmo um
Cristo, Ao beber dizia “NUNCA
AO DIABO , AMIGO! , e logo ao empinar o copo dizia
“ ATÉ VER-TE CRISTO
MEU” com isso via o fundo do copo
e tranqüilizava a
alma.
CHEGAR PROS
LADOS DAS CASAS: Conquistar a simpatia de um pessoa
VOCABULÁRIO TUPI-GUARANI
A
ABAETÉ--- Abá, - Homem;- --Eté, Verdadeiro
AÇÚ -- Significa apenas grande. Agj. Quente , encarolado(antigo nome da estação da luz SP)
ANDARAY: RIO DOS MOCEGOS - ANDIRA-Morcego- Y- Água
ANGUERA- Alma que já foi alma,que esta fora do corpo—assonbrção alma penada
ANHANGÁ – O espirito mau , o diabo
ARAÇATUBA—Sitios dos ARAÇAS,de araçá + tyba, sufixo de abundância.
ARAPIRACA—O pau de casca solta. O mesmo que guarapiraca.
ARARANGUA--- O rumor , o barulho, o tagarelar das araras.
ARARIBOIA --- Apelido de um Famoso CACIQUE , cobra coral
ARARUAMA-- O comedouro , o bebedouro das araras
ARAXA-- A vista do mundo, o panorâmico, planalto de largo horizonte.
B
BANGÚ—A colina, o serro escuro,preto.
BIRIBA-- De mbir-yba -- A embira de que se fazem cordas.
BIRIBA-- O MESMO VERBETE TUPI ,mas com significações modernas; pessoas simples,mas astuta,caipira, serrano,
BOSSOROCA-- De yby-soroc—Terra, chão rasgado, rachadura no solo.
BOYTATÁ—Fogo-fátuo, cobra de fogo -- De - mboy cobra -- tatá – fogo, labareda.
BOYUNA – De boy—cobra—uma- preta, Famosa numa das lendas da Amazônia.
BUTANTÃ -- De mbu- lugar, terra, tã-tã – duríssima.
BUTUCARAY—De ybyty- monte - caray - santo ( RS)
BUTUCARAI – Nome de uma tribo indígena das margens do RIO JAVARI (RS )
C
CAÇAPAVA - Clareira , passagem,picada na mata. DE --
CAA,--mato - AÇAPABA- - clareira, picada.
CAMACUÃ(GUÃ) O bico do seio ,A teta. A colina pontuda.
CATETE – O mesmo que cateto,,caitetu, - O porco do Mato, A Queixada,-- DE –Taytetu – o dente aguçado ou pontiagudo.
CATUMBI – DE—CAÁ-TUMBY, - Ao pé do monte, A beira da mata.
CAÚNA -- DE - CAÁ,- planta, arvore, folha, - UMA – preta. Espécie de erva mate.
CURITYBA -- DE - CURI-pinhão,pinheiro que da muito pinhão, TYBA – Lugar de muitos pinheiros.
CHAPECÓ- DE – HAPECÓ -- trilhar, passar freqüentemente.
CAVARÚ-RETÃ-( Cavajuretã ) DE - CAVARÚ, CAVALO – RETÃ - a terra , a pátria, A TERRA DOS CAVALOS.
E
EMBAÚ - A BICA D”AGUA
ERIXIM -, Não é TUPÍ-GUARANÍ, É CAINGANGUE - DE -
ERE – Campo – XIM – Pequeno.
G
GAMBOA -- DE - CAÁ- MBÓ - O fecho, - Cercado de galhos e ramos para apanhar peixes.
GOYTACAS -- Alteração de guayatacá, O Nômade ou errante,sem paradeiro certo
GRAVATA -- Foma vulgar de CARAGUATÁ
GRAVATAÍ - - Rio dos gravatas.
GUARANI -- RAÇA INDÍGENA, E SEU IDIOMA -- --O guerreiro, O lutador.
GUARATYBA--- Lugar das Garças , onde há muitas garças.
GUAYRÁ (GUAIRA) Nome dado a queda d”água no PARANA -- DE - GUÁ-Y-R×não passaras a diante. Portanto quer dizer INTRANSITAVEL. O salto das setes quedas desapareceu na formação da grande usina do RIO guassú.
GRAJAÚ - DE – CARAJÁ – Macaco -- e – Ú - Preto ,
CARAJAYÚ, é também nome de uma tribo.
I
IBICUÍ - DE – YBY – Terra;- CUÌ – Farinha, isto é AREIA.
IBIROCAI – DE -- YBY-R-OCA-Y - Rio dos Currais.
ITACURUÇÁ -- DE --itá-curuçá -- A cruz de pedra, podendo ser a cruz de ferro.
ITACUATIARA -- DE --Ita-cuatiara: A pedra desenhada, Apedra que traz inscrições.
ITABORAY: _--DE itabora-y -- O rio que tem abundância de Cascalho;pedregulho,seixos.
ITAGUAY -- O rio de itaguaba—DE ita-guaba -- O comedoro de pedra:Alusão ao barreiro salitroso que os animais procuram para lamber.
ITAIPABA- ITAIPAVA -- DE - Itaim, - O pedregulho; PABA --O banco de pedra de seixos
ITAIPÚ -- A fonte da pedra,A água que sai dentre pedras
ITAMARATI -- -DE -Itá-marã-ty -- Água entre pedras claras.
ITANHANGÁ -- Pedra do Diabo
ITAOCA – DE --Itá-Oca -- A casa de pedra; a lapa; a furna.
ITATIAIA- -- DE - Ita-tiãi A pedra de pontas,A montanha de pedras aguçadas,ponta que se ergue.
IBITURUNA -- Nuvem negra;montanha escura que parece uma nuvem preta
ICARAY – Água santa , Água benta,
IGUABA – O bebedouro,lugar onde os animais costumam beber água.
IGUATEMI – DE – yguá -- Enseada,baia – Temi alteração de -pembi-timbi VERDE ESCURO ( O rio verde escuro )
INHAUMA – DE -- Nhae-û. – Argila própria para o fabrico de louça – DE nhae,prato; uma, Barro
IPANEMA -- DE - Y-PANEMA -- Água ruim, o rio ruim sem peixes.
IRAJÁ – DE --yra-yá -- O lugar onde há mel - O favo de mel.
IRARUAMA( Nome antigo de ARARUAMA) O comedouro das iraras.
J
JABAQUARA - yabá-coara. O Refúgio dos fujões.
JABURU - ya-abirú. O que têm o papo cheio.
JACAREPAGUÁ - yacaré-yapaguá. A baixada da lagoa dos jacarés.
JACUÍ - yacu-y. O rio dos jacús.
JAÇANÃ - ya-ça-nã. O que grita alto.
JACUTINGA - yacu-tinga. O jacú branco. Jacú: ave.
JACY - yacy. A Lua
JAQUAR - yaguara. O cão, a onça, o puma, aquele que briga, o contedor, o brigador.
JAQUARY - yaguar-y. O rio das onças.
JAQUARÃO - ya-guá-nharõ. O cão feroz, a onça feroz.
JANDAIA -Piriquito Rei.
JANDIRA - Abelha de mel.
JATOBÁ - Jataí. ya-atã-yba. A árvore de fruto duro.
JAÚ - ya-ú. O comedor, o comilão, nome de um peixe fluvial (Fluvial: de rio).
JEREMUM - yuru-mũ. Abóbora de pescoço preto.
JIQUITIBÁ - yi-t-ibá. Árvore de grande porte.
JIQUITINHONHA. y-ki-ty-nho-nhe. O covo posto na água. Nome de um rio de Minas e Bahia.
JUNDIAÍ - O rio dos Jundiás (Bagre. Peixe)
JURACY - Aboca maternal, jura: boca. cy: mãe.
JUREMA - Árvore espinhosa muito comum na Bahia, sobretudo a Jurema branca.
JURUJUBA - ŷuru-yuba. A boca amarela, a barba amarela ou loira.
JURURU - yuru-ru. Boca comprida, bico comprido, triste, pensativo, melancólico.
L
LAMBARY - Pequeno peixe de água doce.
M
MACABA - ma-caba. O nome de uma fruta produzida por uma palmeira. A coisa gorda.
MACAÉ - maca-é. A macaba doce.
MACAPÁ - O pomar das macabas. A palavra tem aspectos da língua do caribe e não tupí.
MAÇARANDUBA - Maçarandiba. Longos troncos de árvore sobre os quais faziam rolar madeiras já cortadas.
MACEIÓ - O lagoeiro, inundação que se forma por águas da chuva ou pelas marés. Capital de Alagoas.
MACUCO - ma-cuco. Excelente para comer. Pássaro.
MACUNAÍMA - Ser prodigioso da mitologia do Amazonas capaz de transformar pessoas em bichos, criador de tudo que existe no mundo. Não é tupi-guarani é caribenho.
MAGÉ - O mesmo que Pagé, o feiticeiro, o médico da tribo. Uma variante de Bagé, cidade do Rio Grande do Sul.
MALOCA - mã-r-oca. A casa de guerra, a casa forte para a luta.
MAMORÉ - Onde há peixe. Rio do Amazonas.
MAMBITUBA - O pântano, lamaçal, rio que corre entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Antigamente: M-boi-ypá-tiba, o brejal das cobras.
MANAUS - Nome da capital do Amazonas, Nome da tribo que ali vivia.
MANGARATIBA - mangará-tyba. Lugar onde há muito mangarás. (mangará: fruta)
MANTIGUEIRA - Chuva que goteja, nome de uma cadeira de montanhas que vai de São Paulo à Minas Gerais.
MARABÁ - mair-aba. Descendente de francês, como era denominado entre os índios o filho de prisioneiros estrangeiros.
MARAPENDI - mbara-pindi. O mar limpo.
MARANHÃO - nhambá-nhã. O mar corrente, o grande caudal que simula o mar a correr.
MARICÁ - O espinheiro, a planta espinhosa, muito usada para fazer cercas, vedação.
MAUÁ - ma-uã A cousa elevada, alta, nome da elevação do terreno baixos e alagados.
N
NANÁ - Abacaxi
O
OBÁ - Cara, rosto.
P
PACAEMBÚ - Lugar das pacas (mamífero roedor)
PAÇOCA - Carne seca que é socada no pilão juntamente com farinha.
PAIÇANDÚ - O padre.
PANAMÁ - Borboleta, país da América Central.
PAMPA - As planícies, não é tupi mas quichuá.
PANAÍBA - Pano emprestável, trapo.
PAQUETÁ - As pacas, o lugar das pacas.
PARAGUAI - O rio das coroas dos cocares.
PARAGUAÇÚ - O mar grande.
PARANAGUÁ - A enseada do mar, o porto.
PARATI - Baía, o porto tranqüilo, a água tranqüila.
PARAÍBA - O rio ruim, pouco navegável, de pouco peixe.
PARICIS - Terras altas, serra do Mato Grosso, também denominada Ariti.
PATATIVA - A ave canora de grande estimação a qual são comparados os grandes oradores.
PAVUNA - ypag-una. lagoa escura, preta.
PERERECA - Saltar, pular, saltitar.
PERNAMBUCO - O furo do mar, a entrada do mar.
PETECA - bater com as mãos.
PIÁ - Caminho errado, afastar-se do caminho certo, sinônimo de filho pequeno, criança.
PIABA - Peixe.
PIAÇABA - Planta fibrosa de que se fazem vários utensílios caseiros, dentre os quais a vassoura.
PINDAMONHANGABA - O lugar de fazer anzóis.
PINDAÍBA - Vara de pescar.
PINDORAMA - A região, o país das palmeiras, isto é, o Brasil.
PIPOCA - Milho.
PIRACICABA - pira: peixe, cicaba: colheita, a pesca.
PIRAJÁ - pira-ya. Viveiro, ceva de peixes, viveiro de peixes.
PIRANHA - pira-ãi. ãi: tesoura. Peixe tesoura, devorador de rios.
PIRAPORA - pira: peixe. pora: lugar que tem muito peixe. Lugar abundante em peixes, pequeno salto do Rio Tietê
PIRATININGA - Peixe seco.
PIROCA - Pele esfolada.
PITANGA - Fruta da pitangueira que se qualifica pela cor vermelha.
PITÚ - A boca da noite ao escurecer.
FONTE: Vocabulário-tupi-guarani - Profº Silveira Bueno.
Aguarde novos vocábulos
VOCÊ SABIA?
1 - QUE NO RIO GRANDE
DO SUL A REPÚBLICA MADRUGOU EM 11 DE SETEMBRO DE
1836?
2 - QUE NO TRATADO DE PONCHO
VERDE, NA REVOLUÇÃO FARROUPILHA ,
FOI DADA PELA PRIMEIRA VEZ A ALFORRIA AOS
ESCRAVOS EM 28 DE FEVEREIRO DE 1845?
3 - QUE A PRIMEIRA
ENTIDADE FUNDADA FORA
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL,
FOI A SOCIEDADE
SUL-RIOGRANDENSE, NO RIO DE JANEIRO, EM 8 DE
NOVEMBRO DE 1857, POR
ANTONIO ALVES PEREIRA CORUJA?! E QUE ELA ESTÁ ATIVA ATÉ
HOJE?
4 - QUE NO RIO GRANDE DO SUL
O TRADICIONALISMO INICIOU COM A
FUNDAÇÃO DO PARTIDO LIBERAL, EM
1860, POR GASPAR DA SILVEIRA
MARTINS?
5 - NO RIO GRANDE
DO SUL A PRIMEIRA
ORGANIZAÇÃO TRADICIONALISTA FOI
A SOCIEDADE PARTENOM LITERÁRIO, FUNDADA EM 1868, E LIDERADA PELO
JOVEM ESCRITOR DE 24 ANOS,
APOLINARIO PORTOALEGRE.? ELE PUBLICOU
SEU ROMANCE “ O
VAQUEANO “ EM 1872.
6 -
QUE A PRIMEIRA INICIATIVA POPULAR
DA PIONADA DAS ESTÂNCIAS, FOI O
ARTIGO PUBLICADO EM 1896 POR ALFREDO
FERREIRA RODRIGUES?
7 - QUE O PRIMEIRO MOVIMENTO ORGANIZADO, VOLTADO Á DEFESA
DA TRADIÇÃO GAÚCHA , SUA ARTE ,
LUTAS, USOS E COSTUMES, FOI A FUNDAÇÃO DO
GRÊMIO GAÚCHO DE
PORTO ALEGRE EM
22 DE MAIO
DE 1898, POR JOÃO
CEZIMBRA JAQUES? ELE É
CONSIDERADO O PATRONO DO TRADICIONALISMO.
8 - QUE FOI O GRÊMIO
GAÚCHO QUEM REALIZOU O
PRIMEIRO DESFILE DE
CAVALARIANOS NA CAPITAL
GAÚCHA?
9 - QUE NA DÉCADA DE QUARENTA UM GRUPO DE JOVENS ESTUDANTES
LIDERADOS POR JOÃO CARLOS
PAIXÃO CORTES E
LUIS CARLOS BARBOSA LESSA, FUNDARAM O DEPARTAMENTO
DE TRADIÇÃO GAÚCHA
DO GRÊMIO ESTUDANTIL
JÚLIO DE CASTILHOS, EM
PORTO ALEGRE E EM SETEMBRO
DE 1947 , COM
A CENTELHA DO
FOGO SIMBÓLICO DA
PÁTRIA, INSTITUÍRAM A CHAMA
CRIOULA, E AS COMEMORAÇÕES
FARROUPILHAS?
10 -QUE EM 24
DE ABRIL 1948 FOI
FUNDADO O 35º
CENTRO DE TRADIÇÕES
GAÚCHAS, PRIMEIRO C.T.G
DO RIO GRANDE
DO SUL?
11- QUE O
PIQUETE NATIVISTA DE
TRADIÇÃO E FOLCLORE
“VENTO XUCRO“ FOI
FUNDADO EM 29
DE JULHO DE
1992 EM JAGUARI, RIO GRANDE DO
SUL?
12- QUE GRUPO GAÚCHO
DE ARTE, TRADIÇÃO
E FOLCLORE FOI
FUNDADO EM 20
DE JUNHO DE
1987 NO RIO DE
JANEIRO?
13- QUE O GENERAL
DAVID CANABARRO,AO RECUSAR
O APOIO DE
ROSAS, GENERAL ARGENTINO, PARA
CONTINUAR A LUTA
CONTRA O IMPÉRIO BRASILEIRO, TERIA RESPONDIDO
AO EMISSÁRIO DE
ROSAS: “COM O SANGUE
DO PRIMEIRO ESTRANGEIRO
QUE ATRAVESSAR A
FRONTEIRA CELEBRAREMOS A
PAZ COM O
IMPÉRIO, ACIMA DO NOSSO
SENTIMENTO REPUBLICANO ESTÁ O DE
BRASILIDADE”?
14 - QUE TRECHOS COM PROCLAMAÇÕES
DE DAVID CANABARRO
E O BARÃO DE
CAXIAS, FIADORES DA
PAZ DE PONCHE
VERDE ( 1º DE
MARÇO DE 1845 ), EM
TERMOS HONROSOS, ESTÃO GRAVADOS EM
BRONZE, JUNTAS E EM
DESTAQUE , NO HALL DA
ENTRADA DO CLUBE MILITAR (AV RIO BRANCO, RIO DE JANEIRO) PARA
A REFLEXÃO E ADMIRAÇÃO
DE TODOS?
EIS O TEXTO:
EIS O TEXTO:
"UMA SÓ VONTADE
NOS UNA RIO-GRANDENSES. MALDIÇÃO
ETERNA A QUEM
OUSAR RECORDAR-SE DAS
NOSSAS DISENÇÕES. UNIÃO
E TRANQÜILIDADE SEJA DE
HOJE EM DIANTE
NOSSA DIVISA"
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