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NOMES MAIS LEMBRADOS


DA CULTURA REGIONAL GAÚCHA


Hoje, dia 1º de março, data em que se comemora a assinatura do Tratado de Paz de Ponche Verde, nosso blog completa 5 anos de existência. Foram postagens diárias e ininterruptas, de teor cultural sulino, levadas de forma clara, objetiva, por vezes polêmicas, mas sempre opinativas, aos nossos milhares de visitantes.
Para comemorar cada aniversário sempre promovemos algo diferente como a escolha dos Destaques da Década (2000 / 2010), Os Melhores Gaiteiros de Todos Os Tempos, Concurso de Poesias e Concurso de Fotografias. Para este quinquênio, resolvemos perguntar aos nossos amigos leitores, quais os nomes da cultura regional gaúcha que lhes vem em mente ao se falar em determinado seguimento. Lembrem-se não são os melhores, os mais virtuosos, mas os que a gente se lembra por primeiro. Seria a nossa Top Of Mind versão gaudéria.
A única regra é que nosso blog e nosso nome, como promotores do evento, não fossem lembrados.
Tivemos o número de oitenta parceiros e parceiras, de amigos do peito, colaborando fraternalmente com nossa promoção que nada mais visa do que promover um pouco mais nossa tão pouco valorizada cultura regional. 
Esses nomes foram escolhidos a dedo, de forma diversificada e proporcional em suas atividades e região em que moram, tudo com o intuito de não direcionar as respostas. 
PARTICIPARAM DA PESQUISA OITENTA CONVIDADOS
Agradecemos aos seguintes amigos e amigas que colaboraram com nossa iniciativa:
Adão Quevedo, Alan Otto Redu, Alessandro Matos, Aloísio Souza, Ana Paula Pinheiro, André Teixeira Pereira, Antonio Carlos de Barros, Alberto Sales, Arão Scheidt, Bruno Costa, Caine Teixeira, Cândido Brasil, Carlinhos Lima, Carlos Homrich, Cassiana Andrade, Cesar Soares, Celso Oliveira, Claiton Santos, Cristiano Sonntag, Daniel Barros, Dionísio Costa, Douglas Almeida, Edgar Paiva, Ewilin Ayres, Fabio Braga Matos, Fernanda Pinheiro, Felipe Pinheiro, Frederico de Sá Farias, Getúlio Silva, Giovani Grizotti, Giulio Menin, Glaucio Vieira, Glênio Vieira, Hilton Araldi, Israel Lopes, Ítalo Dorneles, Jader Leal, Jair Silveira, Jairo Reis, Jeândro Garcia, Joseti Gomes, José Claro (Zezinho), José Altair Corvelo, José Tesmann, José Mauro Ribeiro Nardes, Juan Daniel Isernhagen, Jurema Chaves, Lili Pappen, Luis Antônio de Souza, Luis Carlos Binsfeld, Luciano Salermo, Mario Amaral, Mariana Pivatto, Marcelo Davila, Mateus Barato, Maxoel Freitas, Minuano Discos, Moisés Menezes, Mussini Produções, Neiton Bittencourt Perufo, Paulo de Freitas Mendonça, Paulo Fogaça, Paullo Costa, Paulo Michael, Raul Andrade, Rodrigo Borges Bueno, Rogério Bastos, Rodrigo de Oliveira Schnaider, Rosália Lovatto, Robison Boeira, Rui Gressler, Saulita, Sérgio Gaudério Barbosa, Severino Rudes Moreira, Silvana Giovanini, Tales Bertoni, Taylor Bulsing, Valdemar Engroff, Valmir Gomes, Zelita Marina da Silva.
 
OS NOMES MAIS LEMBRADOS
DA CULTURA GAÚCHA
(TOP OF MIND GAUDÉRIA)
FORAM ESTES:
BLOG: ROGÉRIO BASTOS - NOTÍCIAS DO TRADICIONALISMO GAÚCHO / 9 votos
Outros nomes citados: BHAstidores, Entre Mates e Guitarra, Joséti Gomes, Prosa Galponeira, Mundo Gaúcho, Ronda dos Festivais, Cultura Gaúcha, Portal da Tradição, Cariúcho, Rosane Oliveira (clicRBS), Música Gaúcha Para Dowload, Mateando ao Pé do Fogo, Ernesto Fagundes, Chasque Pampeano, ABC do Gaúcho, Rádio Fronteira Gaúcha, Produto Cultural Gaúcho, G1 Repórter Farroupilha, Identidade Campeira, Caine Teixeira, Do Acampamento Farroupilha Extraordinário. 
CANTOR(A): JOSÉ CLAUDIO MACHADO / 19 votos
Outros nomes citados: Luiz Marenco, Cesar Passarinho, Joca Martins, Vinícius Brun, Nilton Ferreira, Delcio Tavares, Cesar Oliveira, Cristiano Quevedo, Mano Lima, Daniel Cavalheiro, Teixeirinha, Robledo Martins, Pedro Ortaça, Flávio Hansen, Baitaca, Chico Sarat, Leopoldo Rassier, Shana Müller, Walter Morais, Marco Aurélio Vasconcelos, Maria Luiza Benitez, João de Almeida Neto, Honeyde Bertussi, Telmo de Lima Freitas, Ita Cunha, Jairo Lambari Fernandes, Lisandro Amaral, Celso Oliveira, Robison Boeira, Jader Moreci Teixeira (Leonardo).  
CAVALGADA:  CAVALGADA DO MAR / 46 votos
Outros nomes citados: Da Costa Doce, Da Chama Crioula, Ana Terra, Da Serra, Homenagem aos Bertussi, Cavaleiros do Planalto Médio, Grupo de Cavalarianos de Candiota (buscando a chama), Das Prendas de São F. de Paula, Da Paz, Cavaleiros do MercoSul, Tropeada Ari Scheidt, Dos Mártires, Dos Irmãos do Estribo, De Viamão a Sorocaba, Dos Aparados, Do Minuano. 
COMPOSITOR: DIONÍSIO COSTA / 6 votos 
Outros nomes citados: Gujo Teixeira, João Sampaio, Elton Saldanha, Teixeirinha, Telmo de Lima Freitas, Vaine Darde, Barbosa Lessa, Tadeu Martins, Mauro Ferreira, Tuny Brun, Vinícius Brun, Mauro Moraes, Francisco Pinto da Fontoura, Gilberto Freitas da Rosa, Zulmar Benitez, João Rafael Teixeira Chiappetta, Mario Nenê, Rômulo Chaves, Paulo Timm, Evair Soares Gomez, Francisco Alves, Adão Quevedo, Lauro Simões, Gildinho, José Hilário Retamozzo, Rodrigo Bauer, Honeyde Bertussi, Luis Carlos Borges, Arabi Rodrigues, Helmo de Freitas (Carijó), Jadir Oliveira Filho, Érlon Péricles, Antônio Augusto Ferreira, Silvio Genro, João de Almeida Neto, Rui Biriva, Rogério Villagran, Lisandro Amaral, Eron Vaz Mattos, Ivo Bairros de Brun, Luis Marenco, Cícero Camargo, Joca Martins. 
CTG: 35 CTG / 23 votos
Outros nomes citados: Tiarayu, Gildo de Freitas, Aldeia dos Anjos, Rancho da Saudade, Maragatos, Alexandre Pato, Imigrantes e Tradição, Minuano, Prenda Minha, José Bonifácio Gomes, Tio Bilia, Presilha do Pago, Galpão Crioulo, Coronel Chico Borges, Lalau Miranda, Estância do Chimarrão, Tropel de Caudilhos, Lomba Grande, Tropilha Crioula, Rodeio Serrano, Porteira do Rio Grande, Rincão da Lealdade, Sinuelo do Pago, Pagos da Saudade, Valentes da Tradição, Carreteiros de Horizonte, Brazão do Rio Grande, Terra Nativa, Sinuelo de Canguçu. 
DECLAMADOR(A): MARCO AURÉLIO CAMPOS e LILIANA CARDOSO / 12 votos
Outros nomes citados: Patrocínio Vaz Ávila, Romeu Weber, Wilson Araújo, Silvana Giovanini, Érico Padilha, Neiton Binttencourt Perufo, Adão Bueno, Pedro Junior da Fontoura, Priscilla Alves Colchete, Delci Oliveira, Jair Silveira, Valdemar Camargo, Fabrício Vasconcelos, Jayme Caetano Braun, Francisco Azambuja, Valter Vieira Ribeiro, Orlei Caramês, Darcy Fagundes, Odilon Ramos, Amanda de Souza, Muriel Machado, Luiz Paulo Pizzoloto, Arão Scheidt, Lorenzoni Barbosa, Tetê Carvalho, Antônio Augusto Fagundes, Andréia Elói, Fábio Malcorra, Dimas Costa, José Henrique Azambuja, Guilherme Alves Marques, Jadir Oliveira, Antônio Gaspareto. 
 
ENTIDADE: ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA / 16 votos
Outros nomes citados: Movimento Tradicionalista Gaúcho, Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, Instituto Escola do Chimarrão, CTG Rodeio Serrano, Instituto Anita Garibaldi, Sociedade Gaúcha Lomba Grande, CTG Patrulha do Oeste, 25ª Região Tradicionalista, CTG Relembrando Tio Lautério, 7ª Região Tradicionalista, Comissão Gaúcha de Folclore, CTG União Gaúcha, CTG Estância do Chimarrão, CTG Osório de Assis, 35 CTG, CTG Prenda Minha, DTG Morada de Guapos, CTG Aldeia dos Anjos, Piquete Fraternidade Gaúcha, Tenência Gaúcha, Federação Gaúcha de Laço, 1ª Região Tradicionalista. 
ERVA MATE: BARÃO / 10 votos
Outros nomes citados: Vier, Portão, Tertúlia, Raízes, Rei Verde, Valério, Verdinha, Taura, Fortaleza, Santiago, Rainha do Sul, Elacy, Chimango, Safira, Super Erva, Madrugada, Seiva Verde, Seiva Pura, Canária, Jacutinga, Tumeleiro, Urubici, Pastoreio, Portão, Cheiro Nativo, Yakuí, Materva, Cabocla, Moura, Taura, Nutrimate, Erechim.  
  
EVENTO CULTURAL GAÚCHO: ENART / 33 votos
Outros nomes citados: Semana Farroupilha, Acampamento Farroupilha de Porto Alegre, Rodeio de Vacaria, Congresso Tradicionalista, Festival da Barranca, Grande Encontro, Cavalgada do Mar, Encontro Cultural e Campeiro de Vacaria, Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, FECARS, Ciranda Cultural de Prendas, Acendimento da Chama Crioula, Caravana Chamamecera, Festival Nacional do Churrasco de Lagoa Vermelha, Acampamento da Canção Gaúcha de Campo Bom, Entrevero Cultural de Peões, Rodeio Cidade de Porto Alegre, Acampamento Farroupilha Extraordinário (Copa).  
FESTIVAL: CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA - 21 VOTOS
Outros nomes citados: Sesmaria da Poesia Gaúcha, Ronco do Bugio, ENART, Gauderiada da Canção Gaúcha, Galponeira, Reponte, Coxilha Nativista, Cante Uma Canção Em Vacaria, Bivaque, Cooperativismo, Carijo da Canção Gaúcha, Moinho da Canção Gaúcha, Barranca, Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, Vigilia do Canto Gaúcho, Candeias, Reculuta, Sapecada, Canto Missioneiro, Canto dos Cardeais, Salina da Canção, Aldeia da Canção Nativa.  
GRUPO DE BAILE: OS MONARCAS / 41 votos
Outros nomes citados: Os Serranos, Os Mateadores, Porca Véia e Grupo Cordeona, José Claro e Grupo Floreio, Tchê Barbaridade, Os Campesinos, Os Tiranos, Rodeio, Rodeio dos Ventos, João Luis Corrêa e Grupo Campeirismo, Alma Gaudéria, Alma do Pampa, Grupo Marcas, Os Quatro Gaudérios, Quero-Quero, Os Mirins. 
GRUPO DE SHOW: MAS BAH! e CESAR OLIVEIRA E ROGÉRIO MELO / 10 votos
Outros nomes citados: Os Serranos, Os Muuripás, Luis Marenco, Celso Oliveira, Bah Que Tri, Buenas e M'Espalho, Família Ortaça, Os Mateadores, Memorial Terra Que Canta, Oswaldir e Carlos Magrão, Mulheres Pampeanas, Os Monarcas, Elton Saldanha, Tambo do Bando, Chão de Areia, Walter Morais, Grupo Rodeio, Ana Terra, Nelson Cardoso, GAN Os Gaudérios, Eco do Minuano e Bonitinho, Sonido Del Alma Gaucha, Quarteto Coração de Potro, Délcio Tavares, Pirisca Greco, Os Angueras, Família Guedes, Os Bertussi, Os Fagundes, Apaisanado.  
INSTRUMENTISTA (Guitarreiro): MARCELLO CAMINHA / 23 votos
Outros nomes citados: Lucio Yanel, Yamandu Costa, Maurício Margues, Carlos Madruga, Artur Bonilla, Oscar Soares, Maykell Paiva, Andriego Von Laer, kiko Goulart, Mário Barros, Romualdo Moura, Juliano Trindade (Bonitinho), Valdir Verona, Gabriel Seelvage, Noel Guarany, Lisandro Perez, Amaro Perez, Neuro Junior, Negrinho Martins, André Teixeira, Antoninho Duarte. 
INSTRUMENTISTA (Gaiteiro): ALBINO MANIQUE / 15 votos
Outros nomes citados: Luciano Maia, Samuca, Luis Carlos Borges, Adelar Bertussi, Edson Dutra, Evandro Pires, Tony Marques, William Hengem, Enéias de Bona, Varguinhas, Pedro Raymundo, Angelo Marques, Gildinho, Honeyde Bertussi, Rafael de Boni, Daniel Oliveira, Renato Fagundes, Beto Caetano, Sidnei Leite (Canudo), Porca Véia, Lucas Ferreira, Dênis Magalhães, Aluisio Rockembach, Bruna Scopel.  
INSTRUMENTISTA (Gaiteiro / Gaita de botão): RENATO BORGHETTI / 22 votos
Outros nomes citados: Gilberto Monteiro, Edilberto Bérgamo, Leonel Gomes, Joaquim Velho, Tio Bilia, Dedé Cunha, Gabriel Ortaça, Rodrigo Pires, Chico Brasil, Nésio Alves Corrêa (Gildinho), Luis Carlos Borges, Mano Monteiro, Bruno Kamiem, Robison Boeira, Beto Caetano, Tiago Quadros, Florenal Silva, Aluisio Rockemback, Volmir Dutra, Jarbas Nadal, Felipe Teixeira, Ricardo Comasseto, Cleonice Nobre, Orlandinho Rocha. 
INVERNADA ARTÍSTICA: CTG ALDEIA DOS ANJOS / 25 votos
Outros nomes citados: CTG Rancho da Saudade, CTG Ronda Charrua, CTG Tiarayu, CPF Piá do Sul, CTG Imigrantes e Tradição, CTG União Gaúcha, CTG Prenda Minha, CTG Gildo de Freitas, CTG Tropeiros da Amizade, GAN Vaqueanos da Cultura, CTG Lalau Miranda, CTG Tropilha Crioula, Campo dos Bugres, CTG Barbicacho Colorado, GAN Lagoa Vermelha, CTG Patrulha do Oeste, Cadica Borghetti, DTG Clube Juventude, I'mbororé, Os Gaudérios, Rodeio da Querência, Brazão do Rio Grande, Os Muuripás, Thomaz Luis Osório.
    
JORNAL: JORNAL DO NATIVISMO e ECO DA TRADIÇÃO / 20 votos
Outros nomes citados: Zero Hora, Correio do Povo, Pioneiro, Caderno ABC do Gaúcho, Boca da Serra, Do Comércio, O Nacional, Diário Gaúcho, O Bairrista, Jornal Tradição, Jornal NH, Macanudo Gaúcho, Eco do Jacuí. 
 
LIVRO: O TEMPO E O VENTO (Érico Verissimo) / 15 votos
Outros nomes citados: A República das Carretas (Barbosa Lessa), Contos Gauchescos e Lendas do Sul (Simões Lopes Neto), Baguales: Um Canto de Amor à Terra (Juan Daniel Isernhagen), Romances de Estância e Querência (Aureliano de Figueiredo Pinto), Homens de Sucesso (Sobre Gildinho e Chiquito), Dicionário do Cavalo (Batista Bossle), Assim Na Terra ( Luiz Sergio Metz), Martin Fierro (José Hernandez), De Fogão em Fogão (Jayme Caetano Braun), História do Rio Grande do Sul (Moacyr Flores), Cevando O Mate (Glênio Fagundes), A Guerra dos Farrapos (Alcy Cheuiche), O Mínimo (Olavo de Carvalho), Gaúchos e Beduinos (Manoelito de Ornellas), Potreiro de Guachos (Jayme Caetano Braun), A Faca Gaúcha (Cassio Selaimen), Danças e Andanças (Barbosa Lessa e Paixão Côrtes), Os Dez Mil Poetas (Carlos Omar Villela Gomes), O Pé no Chão (O Pé de Palmeira no Chão de São Paulo), Dom Segundo Sombra (Ricardo Güiraldes), Historia da Revolução Farroupilha (Morivalde Calvet Fagundes), A Ferro e Fogo (Josué Guimarães), Doze Mil Rapaduras e Outros Poemas (Apparício Silva Rillo), São Miguel da Humanidade (Barbosa Lessa), Dicionário do Regionalismo (Zeno e Rui Cardoso Nunes), Campeirismo (Ciro Dutra Ferreira), Antologia Poética da Estância da Poesia Crioula (Diversos), Rio Grande do Sul, prazer em conhecê-lo (Barbosa Lessa), Sétimas de Mundaréu (Gujo Teixeira), História Ilustrada do Rio Grande do Sul. Os Guaxos (Barbosa Lessa), Porteira Fechada (Ciro Martins), Raízes do Tradicionalismo Gaucho (Emiliano Limberger), Assuntos do Rio Grande do Sul (Cezimbra Jacques), Sociedade Gaúcha de Lomba Grande 67 anos (Aurélio Strack), Memórias do Coronel Falcão (Aureliano de Figueiredo Pinto), Manual de Danças Tradicionais (Paixão Côrtes), Pedro Raymundo e o Canto Monarca (Israel Lopes), O Analista de Bagé (Luis Fernando Veríssimo), Bíblia Sagrada.  
MAIOR NOME DA CULTURA GAÚCHA: PAIXÃO CÔRTES / 46 votos
Outros nomes citados: Barbosa Lessa, Teixeirinha, Luis Marenco, Jayme Caetano Braun, João Cezimbra Jacques, Adelar Bertussi, Telmo de Lima Freitas, Manoelito Carlos Savaris, Lisandro Amaral, Antônio Augusto Fagundes, Clóves Pradel Pinheiro, João Simões Lopes Neto, Gildo de Feitas, Noel Guarany, Honeyde Bertussi, Manoelito de Ornellas. 
MÚSICA: QUERÊNCIA AMADA / 6 votos
Outros nomes citados: De Bota e Bombacha, Negro da Gaita, Guri, Pão de Fogo, Romance de Campo e Flor, Potro Sem Dono, Sina das Almas, Negrinho do Pastoreio, Eu Sou do Sul, Céu, Sol, Sul Terra e Cor, Reconheço que Sou Grosso, Bem Arreglado, Diário de Um Fronteiriço, Guitarra Querência, Milonga Abaixo de Mau Tempo, Criado em Galpão, Gaúcho de Coração, O Nada, Seival, Batendo Àgua, Pilares, Gaúcho Coração, Cordas de Espinhos, Senhor das Manhãs de Maio, Esquilador, Sem Tinta, Veterano, Contraponto, Casamento da Doralice, Pro Meu Consumo, Honrando o Xucrismo, Os Homens de Preto, Hino Riograndense, Quando Os Versos Vem Pras Casas, Canção do Gaúcho, Tirana do Lenço, Bem Na Porteira, Que Linda é Minha Terra, Brasil de Bombachas, Estâncias da Fronteira, Muchas Gracias, Florêncio Guerra, Timbre de Galo, Lá Pro Quinto Distrito, Petrificado, Laçador, Cantiga de Rio e Remo, Canto e Cordeona, A Guerra Que Não Perdemos, Ôh de Casa.   
PAJADOR: JAYME CAETANO BRAUN / 53 votos
Outros nomes citados: Paulo de Freitas Mendonça, Jadir Oliveira, Jadir Oliveira Filho, Arabi Rodrigues, José Estivalet, Pedro Junior da Fontoura, Xiru Pereira, Rubens Alves Vieira, Antonio Ventura, Albeni do Carmo e Pedro Ortaça. 
POETA: APPARICIO SILVA RILLO / 18 votos
Outros nomes citados: Aureliano de Figueiredo Pinto, Vaine Darde, Colmar Duarte, Antonio Augusto Ferreira, Rui Cardoso Nunes, Carlos Omar Villela Gomes, Gujo Teixeira, Rodrigo Bauer, Lauro Corrêa Simões, Jayme Caetano Braun, Ari Pinheiro, Lupicínio Rodrigues, Severino Rudes Moreira, Zeno Cardoso Nunes, Barbosa Lessa, Glaucus Saraiva, José Ramão de Freitas Saratt, Padre Pedro Luis, Sebastião Teixeira Corrêa, Dimas Costa, Jadir Oliveira Filho, João da Cunha Vargas, Tadeu Martins, Jurema Chaves, Rômulo Chaves, Adão Vargas Dias, Guido Moraes, Odilon Ramos, Martim Cesar Gonçalves, João Sampaio, Guilherme Collares.
  
PROGRAMA DE RÁDIO: DO LITORAL A FRONTEIRA / 10 votos
Outros nomes citados: Grande Rodeio Coringa, Rio Grande Tchê, Recolhendo as Encilhas, Coisarada, Galpão do Nativismo, Prosa de Galpão, Teixeirinha Amanhece Cantando, Pretinho Básico, Brasil Grande do Sul, A Voz do Pampa, Amiga, Amargueando, Ecos do Sul, Canto dos Livres, Rio Grande Em Canto, No Galpão, Gritos do Quero-Quero, Gaudério, Alma de Campo, Chamamecero, Canto de Lucha y Esperança, Festa na Querência, Bolicho Grande, Buenos Dias, No Coração do Rio Grande, Tropeadas, Manancial Gaúcho, De Campo e Alma, A Hora do Gaudério, Raízes, Relíquia, Conversa de Galpão.    
PROGRAMA DE TELEVISÃO: GALPÃO CRIOULO / 41 VOTOS
Outros nomes citados: Fogo de Chão, Jornal do Almoço, Vida no Sul, Galpão Nativo, TV E Nos Festivais, Alô Chê, Bom Dia Rio Grande, Tchê Noite, No Mundo dos Rodeios, Terra, Programa do Jô.   
RODEIO: INTERNACIONAL DE VACARIA / 52 votos
Outros nomes citados: de Osório, do Cone Sul, de Soledade, de Passo Fundo, de Lagoa Vermelha, de Herval, ETA (Viamão), M'Booré, de Santo Augusto, do Mercosul Estância do Minuano (SM), Festa Campeira (FECARS), Sia' Donaço (Canguçu), de Guaíba, Cidade de Porto Alegre.  
SÍMBOLO DO RIO GRANDE DO SUL: LAÇADOR / 21 votos
Outros nomes citados: Chimarrão, Bandeira, Bombacha, Cavalo, Gaúcho, Paixão Côrtes, Quero-quero, Fandango Gaúcho, ENART, Churrasco, Brasão, Mano Lima, Flor Brinco da Princesa, Hino Riograndense, Gaita, Pilcha.  
TROVADOR: GILDO DE FREITAS / 33 votos
Outros nomes citados: José Estivalet, Pedro Ribeiro da Luz, Vitor Hugo, Albeni do Carmo, José Joaquim de Jesus Hugo, Macedinho, Tetê Carvalho, Moraezinho, Luiz Müller, Volmir Martins, Pedro Junior da Fontoura, Adão Bernardes, Jorge Luiz Pieniz, Vorni Prestes, Jadir Oliveira Filho, Wolnei Correia, Valdomiro Melo, Jadir Oliveira João Freitas, Formiguinha. 
ALGUMAS OBSERVAÇÕES INTERESSANTES
1 - Na categoria "Programa de Rádio" impressiona como um programa que já findou há quase 50 anos ainda receba de nossos leitores 8 (oito) votos. Falamos do GRANDE RODEIO CORINGA. Realmente, foi algo que deixou saudades. 

2 - Ainda em relação a categoria "Programa de Rádio" e a proibição de vincular nosso nome a presente pesquisa, esclarecemos que esporadicamente fizemos parte, como convidado (assim como outros tantos), do programa Do Litoral A Fronteira, que acabou vencendo, mas que seu  idealizador, criador, condutor e titular é o radialista Jairo Reis. 

3 - Mesmo que as perguntas (e consequentemente as respostas) fossem de caráter regional gaúcho, tivemos algumas intervenções curiosas como: Programa do Jô (Programa de Televisão), Bíblia Sagrada (Livro), Pretinho Básico (Programa de Rádio) e jornais que não tem como foco nossa cultura.  

4 - Jayme Caetano Braun, na categoria Pajador, foi o nome mais lembrado de toda a pesquisa, obtendo 53 votos entre os 80 possíveis.

5 - Após lançarmos a promoção recebemos diversas sugestões. Quem sabe, em uma próxima oportunidade acrescenta-se novas categorias como CD, Capa de CD, etc...

6 - Mesmo que nosso nome, e principalmente nosso blog, fosse impedido de participar da presente promoção, agradecemos as diversas considerações recebidas. Gracias. 
 
 
Artigos retirado do Blog de Léo Ribeiro

    
  


 
 
 


Natal Pampiano
Ilton Carlos Dellandréa



O Natal da nossa pampa verdejante

vem sem neve nas copadas dos pinheiros.

Mas querem nos impor um Natal farsante,

Natal de estranhos e de estrangeiros.

O Natal - o nosso - humilde e pequenino
parece um cusco perdido em procissão.
Mas quando nasceu, lá longe, o Deus-Menino,
parece que neve não caía, não!

É triste este Natal arremedando a Corte
e a pompa fria do hemisfério norte
e a cor vermelha do lapão gorducho.

Este ano eu desejo um Natal da gente,
mais verde e mais aconchegante, quente,
e o Papai-Noel pilchado, bem gaúcho. 









                   


              A história da capital dos gaúchos

Porto Alegre teve sua origem em 1732 com o povoamento dos Campos de Viamão e de Porto Alegre por criadores e tropeiros vindos de Laguna, Santa Catarina. Vinte anos depois chegavam das Missões Jesuíticas os vanguardeiros da expedição de Gomes de Andrade. Eles se estabeleceram junto a lago do Guaíba, lugar denominado de Porto de Viamão ou Porto do Dorneles, em terras do sesmeiro Jerônimo de Ornelas. Mais tarde o bispo do Rio de Janeiro cria a freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, separada da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Viamão.

Em julho de 1772 o Governador da Capitania do Rio Grande, José Marcelino de Figueiredo, determina que se faça a medição de 60 lotes de terras para casais açorianos que se chamava Porto de Casais. Nossa capital está entre as três cidades brasileiras com melhor qualidade de vida. Suas atrações naturais são seus parques. O Parque Farroupilha, ou da Redenção como é mais conhecido, é o mais central e é ali que acontece todos os domingos o Brique da Redenção, um verdadeiro comércio de antiquário e artesanato a céu aberto.

No centro, os visitantes poderão conhecer a Praça da Alfândega, onde é realizada anualmente a Feira do Livro, a Praça da Matriz, localizada na frente da Catedral Metropolitana, Assembléia Legislativa do Estado, Palácio Piratini, Tribunal de Justiça e o Theatro São Pedro. Outras atrações na cidade são a Casa de Cultura Mário Quintana, a Usina do Gasômetro e o Museu de Artes do Rio Grande do Sul.












A cidade de Porto Alegre tem, como data oficial de sua fundação, a da criação da Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, em 26 de março de 1772.



Mas o povoamento de Porto Alegre é anterior a essa data. A área foi ocupada por casais açorianos, trazidos para se instalarem na região das Missões, que estava sendo entregue ao governo português em troca da Colônia de Sacramento, nas margens do Rio da Prata. A troca havia sido acordada através do Tratado de Madri, de 1750.



A demarcação do território das Missões, entretanto, demorou a acontecer. Em 1752 o rei português mandou que Cristóvão Pereira de Abreu, com 200 homens, iniciasse a demarcação. Quando chegaram em Rio Grande — que então era a sede da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul — foi determinado que oitenta deles ficassem nas proximidades de Viamão, construindo canoas que permitissem o transporte até as Missões, e que os demais explorassem a subida do rio.



Os casais açorianos se fixaram, aos poucos, nesse local, que passou a ser chamado de Porto de Viamão — primeira denominação de Porto Alegre. Durante vinte anos ficaram na área, sem receber as terras prometidas e vivendo de uma agricultura de subsistência. Levantaram casas de barro e aos poucos se estabeleceram em terras que pertenciam ao sesmeiro Jerônimo de Ornelas.


Em 1772, a povoação foi finalmente desligada da jurisdição eclesiástica de Viamão, por uma pastoral do bispo do Rio de Janeiro, oficializando-se, assim, a Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais. Essa denominação seria mudada em janeiro do ano seguinte, para Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre. Assim, a cidade nasceu antes do que se considera oficialmente, e resultou do fracasso da ocupação da região das Missões.

Ainda em julho de 1772, foram desapropriadas as terras em que a vila estava situada e se começou a marcação das primeiras ruas. Deu-se início à construção da igreja no Alto da

Praia,atual praça Marechal Deodoro. Aos poucos, o lugarejo tomava feições de cidade. E, em 24 de julho de 1773, Porto Alegre passou a ser a capital da capitania, com a instalação oficial do governo de José Marcelino de Figueiredo.



A cidade iria evoluir rapidamente, sempre a partir de um pequeno núcleo que hoje constituí o seu centro. Em certos momentos, viveu episódios de tensão. Afinal, era a capital da capitania (depois província) mais meridional do Brasil, e que fazia fronteira com países com os quais houve diversos conflitos.



Mas o período mais prolongado de dificuldades da capital não foi devido a nenhum conflito externo, como a Guerra do Paraguai. Foi causado pela Revolução Farroupilha, que se iniciou com um enfrentamento realizado no dia 20 de setembro de 1835 na própria capital, nas proximidades da ponte da Azenha.



Com exceção dos primeiros dias, a capital gaúcha se manteria, durante os dez anos da revolução, nas mãos das tropas governistas. Mas era constantemente sitiada e os farrapos procuraram isolá-la ao máximo. A resistência a um dos vários cercos que sofreu nesse período é que lhe valeu o título, dado pelo Imperador, de "mui leal e valorosa".


Depois da Guerra dos Farrapos, a cidade retomou seu ritmo normal de desenvolvimento, permanecendo sempre no centro dos acontecimentos políticos e sociais do Estado e do país. Exemplos disto foram a ascensão de Getúlio Vargas, político gaúcho que se tornou um marco da história nacional, e o movimento da Legalidade, mantido pelo governo Brizola no início dos acontecimentos que conduziram ao Golpe Militar de 1964.


O Centro e a história da capital dos gaúchos



O Centro é a área de Porto Alegre que, por sua antigüidade, concentra a maior parte dos marcos históricos da Capital. Um passeio pelas suas ruas permite reconstruir a história de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul.



Na Praça Marechal Deodoro (Praça da Matriz), começou a história de Porto Alegre, com a sua primeira igreja. Ali também teve início a Revolução Farroupilha, graças ao exaltado pronunciamento feito por Bento Gonçalves na Assembléia Legislativa.



Pela Rua da Praia desfilaram as tropas gaúchas que participaram das maiores revoluções do país — como a Revolução de 30.



Na praça da Alfândega, o cais do porto marcava o ponto de contato do Estado com o resto do país e do mundo: até a década de vinte deste século, a navegação de cabotagem era o principal meio de transporte de cargas e passageiros. Na rua Professor Annes Dias, a Santa Casa de Misericórdia é um marco de quase dois séculos da medicina no Estado.


Essas histórias — e as estórias dessa história — estão traduzidas nos diversos edifícios do Centro. Há um precioso patrimônio arquitetônico a ser preservado. E que, por sua vez, é muito pouco conhecido pelos próprios moradores da cidade.

Na fachada da Biblioteca Pública há um raríssimo calendário positivista. E, no seu interior, salas cujas decorações homenageiam culturas tão diversas como a egípcia e a mourisca.

No cimo do Paço Municipal (a prefeitura velha), uma estátua da Justiça contempla os porto-alegrenses. Essa é uma das raríssimas estátuas da Justiça, no mundo, que não tem os olhos vendados — mas poucos sequer a vêem.

Na rua General Câmara (rua da Ladeira), na esquina com a rua dos Andradas (rua da Praia), um prédio em estilo art noveaux resiste, intacto, ao tempo. Sua porta, altamente ornamentada, sobrevive a consecutivas camadas de pintura com a mesma beleza que tinha quando foi inicialmente esculpida.

Exemplos como esse se multiplicam, em locais como a Praça Senador Florêncio (Praça da Alfândega), onde o Banco Safra ocupa um conjunto arquitetônico formado, antigamente, por uma farmácia e um cinema, e o Museu de Artes do Rio Grande do Sul e o prédio do Correio (correio velho, visto que há um correio novo logo atrás) formam um dos mais conhecidos cartões postais da cidade.

O próprio nome das ruas, praças e prédios se constitui em uma história à parte. O Centro é o lugar onde as denominações originais das principais ruas e praças se mantêm intactas, graças ao uso popular. A Rua da Praia, a mais central, é, na verdade, a Rua dos Andradas.

E é no Centro que está "A Paineira", assim denominada e aceita por todos os habitantes em uma cidade em que há milhares de paineiras, e que é um ponto de referência da rua Sete de Setembro.

Por outro lado, é no centro que se encontram alguns dos principais locais de irradiação cultural da cidade. Basta lembrar que ali estão o Museu Júlio de Castilhos, a Casa de Cultura Mário Quintana, a Usina do Gasômetro, a Biblioteca Pública, o Museu de Artes do Rio Grande do Sul e o Museu da Companhia Estadual de Energia Elétrica.

Fonte: Quando não estiver citada outra fonte acima, a fonte do texto acima é a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul, Prefeitura Municipal e/ou outros Colaboradores



REPÚBLICA RIOGRANDENSE







A República Rio-Grandense, também conhecida como República de Piratini, foi um estado-nação reconhecido, Formado na região sul do Brasil, deflagrando o atual estado brasileiro do Rio Grande do Sl, sendo a mais longa revolta brasileira da qual se tem conhecimento, e, portanto, a mais longa do Império do Brasil (1822-89) – o nome oficial do Estado brasileiro à época[] . Foi proclamada em 11 de setembro de 1836, pelo general Antônio de Sousa Neto, como consequência direta da vitória obtida por forças oligárquicas gaúchas na Batalha do Seivl (1836), durante a Revolução Farroupilha (1835-45). No entanto, o objetivo principal nunca foi proclamar um estado-nação próprio, e, portanto, separado do Estado brasileiro, mas sim mostrar ao Império do Brasil que as oligarquias gaúchas estavam insatisfeitas com os altos impostos.
O Uruguai, através de tratado de cooperação mútua, reconheceu a legitimidade desta república.
A bandeira oficial da República Rio-Grandense era composta pelas cores verde, amarelo e vermelho. Há duas versões para o motivo da composição da bandeira: uma versão explica que seriam as cores-símbolos do Brasil, o verde-amarelo, com o vermelho, que simboliza a república, entrecortando as mesmas; outra versão explica que o verde representava a mata dos pampas, o vermelho o ideal revolucionário, e o amarelo as riquezas do território gaúcho; e uma outra versão diz tratar-se o verde da bandeira portuguesa e o amarelo da bandeira espanhola (respectivamente, o mais importante colonizador e o segundo mais importante colonizador do território do estado do Rio Grande do Sul), entrecortados pela listra vermelha em vertical que seria símbolo de federação na região platina desde a época de José Gervásio Artigas (1764-1850). No entanto, o verde só seria adicionado à bandeira portuguesa em 1910, 65 anos depois do término da Revolução Farroupilha, o que descarta esta última versão. Da mesma forma, a atual bandeira do estado do Rio Grande do Sul vem a ter as mesmas cores, tendo sido adicionado o brasão da República Rio-Grandense no meio da bandeira.
Os principais líderes sul-rio-grandenses eram estancieiros, que estavam insatisfeitos com os altos impostos sobre o charque e o couro, de modo que os mesmos produtos estrangeiros fossem mais baratos que os nacionais. A Constituição da República Rio-grandense foi aprovada em 1843, em Alegrete. No entanto, as oligarquias gaúchas se consideravam brasileiras, ainda que tivessem se rebelado por essa disparidade econômica. O mesmo acontecia com a população do Rio Grande do Sul, que também se considerava brasileira, ainda que tenham sido convencidos a lutar em favor dos estancieiros gaúchos, em função dos altos impostos sobre o charque e o couro, que prejudicavam diversos setores da economia local. Entre as principais cidades da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul que não aderiram aos revoltosos, está Porto Alegre, que por esse motivo recebeu do Império o título de "Leal e Valerosa Cidade de Porto Alegre", seu lema oficial até hoje.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Paz do Poncho Verde

Por fim, a 1 de Março de 1845, assinou-se a paz: o Tratado de Poncho Verde ou Paz do Poncho Verde, após quase dez anos de guerra que teria causado 47.829 mortes.
Quando Juan Manuel de Rosas veio oferecer apoio  de tropa,Canabarro teria respondido

“ COM O SANGUE DO PRIMEIRO ESTRANGEIRO QUE ATRAVESAR A FRONTEIRA CELEBRAREMOS A PAZ COM O IMPÉRIO.ACIMA DE NOSSO SENTIMENTO REPUBLICANO ESTÁ O DE BRASILIDADE”

No dia 1º de Março  é proclamada a paz.

“ UMA SÓ VONTADE NOS UMA RIO-GRANDENSE.MALDIÇÃO ETERNA A QUEM OUSAR RECORDAR-SE DAS NOSSAS DISSENÇÕES.UNIÃO E TRANQUILIDADE SEJA DE HOJE EM DIANTE NOSSA DIVISA”
Esse trecho esta gravado e em bronze e em destaque no hall de entrada do Clube Militar  do Rio de Janeiro- Av Rio Branco,251 – Rio de Janeiro-RJ






AS  PARTEIRAS




Ao longo da história da humanidade a gravidez e o parto foram sempre considerados questões exclusivamente femininas.  As sociedades antigas reprovam a idéia do homem examinando ou tratando mulheres. Durante  a idade Média, este envolvimento era passível de punição. Em 1522, um médico chamado Watt foi queimado em uma fogueira porque ,vestido de mulher ,assistiu a uma mulher durante o parto. A partir da Idade Média, especialmente depois dos séculos 17 e 18, os homens começaram a entrar no quarto de parir. A cirurgia foi incorporada à Medicina e o parto começou a ser estudado como mecanismo físico.

            Segundo a historiadora Maria Lúcia Mott, no Brasil, chega em 1816, proveniente da França, Maria Josefina Matildes Durocher. Ainda jovem ficou órfão. Com dois filhos, ficou viúva e passou todas as dificuldades. Josefina buscou então uma profissão que garantisse seu sustendo e de seus filhos. Naquela época, havia sido inaugurado um curso de parteiras na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Em 1834, Josefina recebeu o título de enfermeira obstetra, sendo considerada a primeira mulher diplomada em obstretrícia pela faculdade de medicina e única mulher eleita pela Academia Nacional de Medicina sem ser médica. A francesa trabalhou como parteira por 60 anos e pautou sua atividade pela ética e caridade, atendendo cerca de 5 mil partos, de todos os níveis sociais.

Parteiras do Rio Grande

            No Rio Grande do Sul, surge em 1897 a Escola de Partos, um dos embriões da atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As mesmas razões que levaram a francesa Josefina a se tornar parteira se repetem nas histórias das “aparadeiras”, “curiosas” e “tatuzeiras” que atuavam em terras gaúchas: viúvas ou mulheres que não tinham muita alternativa de sustento.

            Reportagens veiculadas em pleno século 21 pelos meios de comunicação provam que muitos partos, devido à carência de assistência sanitária em diversas regiões do Brasil, ainda são feitos em casa, por parteiras. Daí, também emerge a solidariedade entre as mulheres, a que vai parir e a “aparadeira”. A jornalista e escritora Marina Colassanti resume bem essa cumplicidade: “Quem, durante séculos, extraiu entre as pernas abertas das mulheres seu fruto? Não foram os médicos, foram as parteiras, mulheres ajudando mulheres em seu ofício de mulheres...”

            Num trecho do clássico “O Tempo e o Vento”, do escritor Érico Veríssimo, a protagonista Ana Terra foi chamada à vila apara ajudar uma mulher que estava para dar à luz. Ao cortar mais um cordão umbilical, Ana Terra viu em pensamentos, a face magra e triste da mãe. A criança veio ao mundo, roxa e muda, meio morta. A personagem de Érico segurou-lhe os pés, ergueu-a no ar, de cabeça para baixo, e começou a dar fortes palmadas nas nádegas até fazer a criancinha berrar. Desde esse dia, Ana ganhou gama de ter “mão boa” e não perdeu mais partos naquela redondeza.

            Assim como a personagem do clássico de Érico Veríssimo, as parteiras cujas histórias estão relatadas neste livro também ajudavam mães aflitas e ganharam seus filhos em locais distantes de qualquer recurso da medicina. A cena se repetiu por décadas: mulheres, munidas de sua maleta, sua tesoura e muitas vezes levando o rosário, a imagem de Nossa Senhora do Bom Parto e a certeza das mãos abençoadas por Deus. Percorrendo estradas precárias, em cima de carroças ou do lombo do cavalo, enfrentando clima frio e viagens longas, lutando contra o tempo, a chuva e o vento.

            Ao perambular por tantos locais, elas acabavam sendo porta-vozes das últimas novidades e notícias para as comunidades, fazendo jus ao ditado popular: “Mais conhecida que parteira de campanha”.

            No período pós-parto, acabavam assumindo as rédeas da casa, cozinhando, lavando e apoiando a parturiente em detrimento das atividades da sua própria casa e de seu lazer. Não há registro de que alguma parteira tenha ficado rica fazendo partos. Mas os pagamentos vinham em forma de porcos, galinha gorda, pão feito em casa ou até um petiço ou benfeitorias na casa da parteira.

            Algumas se tornaram depois nomes de ruas, escolas e troféus. Outras eram identificadas pela fama da figura masculina do marido. Por isso, o pseudônimo “Dona Queleloa”, que atuou em Mostardas, derivou o nome do marido, “Zé Quelelé”, muito conhecido na região. Foi assim como a Dona Maria “do Folhinha”, esposa, claro, do Seu “Folhinha”, casal que viveu em Palmares do Sul. Mas muitas nem esse reconhecimento tiveram. Acabaram ganhando apelidos carinhosos como “Véia Paraguaia”, Vó Constância” ou, simplesmente, “Maria Parteira”.

            Considerando-se o território brasileiro em sua vastidão, grupos humanos completamente solitários, longe de recursos, a média de partos atendida por essas mulheres chegava a 3 mil, nos quais poucas vidas se perderam, usando unicamente medicina popular e benzedura.

            O médico ginecologista-obstetra João Gomes da Silveira, que fez os partos dos meus dois filhos, dizia nas aulas na Universidade Federal do Rio grande do Sul, em 1950, que as parteiras tinham papel decisivo para derrotar o câncer de colo uterino, um dos mais temidos pelas mulheres ainda hoje. Gomes da Silveira afirmava: “à parteira cabe um relevante papel na luta contra o câncer, pela delicadeza de sua missão, estabelece-se entre a parteira e parturiente uma relação que transcende ao simples contato profissional. Além de auxiliar no momento do parto, ela se torna, muitas vezes, a amiga que a mulher procura em suas dúvidas. Frequentemente, ela é a primeira a ser consultada quando algum distúrbio se apresenta. Para muitas mulheres mesmo, a parteira é a única pessoa a quem elas se entregam para um exame ginecológico. Por todos esses motivos, a parteira tem a oportunidade de surpreender, entre pequenas queixas, sintomas que podem servir de caminho para um diagnóstico precoce do câncer de colo uterino”.

            A simplicidade e o espírito de doação e desprendimento são virtudes dessas mulheres. A profissão passava de avó para a neta, visto que as mães trabalhavam fora. Essas mulheres também deixaram um legado muito rico dentro da cultura popular, com suas rezas, benzeduras, crendices e superstições. O que dizer da simbologia do umbigo, imortalizada pelas parteiras e que traduz as diferenças de tratamento dispensado ao homem e à mulher? Se nascesse uma menina enterrava-se o umbigo na cozinha, e, se nascesse um menino, o umbigo era enterrado no campo de batalha ou na porteira  da propriedade para que o guri se “aquerenciasse” e “não corresse mundo”. As parteiras aconselhavam que a madrinha deveria cortar as unhas do bebê pela primeira vez para garantis sorte.
            Desta maneira, elas se tornaram a memória viva das suas comunidades, possibilitando o entendimento da mulher gaúcha no folclore e do manancial rico de transmissão de tradições que ela representa. Corpo e alma femininos estão aqui expostos, através da cultura popular que melhor retrata um povo e que nos acompanha por mais que nos distanciemos de nossas raízes e que não nos abandona e obriga ao retorno.
Elma Sant’Ana
            Natural de Triunfo RS, é geóloga, pós graduada em Folclore e em Ecologia Humana. Já atuou em diversas funções públicas coordenando a área cultural (Capivari do Sul e Igrejinha RS) e de turismo (Mostardas RS); é presidente do Instituto Anita Garibaldi, com sede em Porto Alegre. Tem 15 livros publicados sobre cultura gaúcha, entre eles estão: Folclore da Mulher Gaúcha, Minha Amada Maria - Cartas dos Mucker, A Odisséia de Garibaldi no Capivari e Menotti, filho gaúcho de Anita e Garibaldi na Revolução Farroupilha.
            Elma Sant’Ana lança “As Parteiras”, primeiro livro de uma trilogia dedicada a temas do universo feminino, que terá ainda “As benzedeiras” e “O Folclore da Menstruação”.
            Fonte!Rede 110, Jornal Starshow, de Canoas – RS, edição n° 5, de janeiro de 2006 


A Tafona

Os primeiros colonizadores que aqui chegaram foram os casais açorianos vindo das Ilhas dos Açores e da Madeira, mandados pela Coroa de Portugal, na metade do século XVIII.
Posteriormente vieram alemães e italianos e já no advento da República: húngaros, poloneses, árabes, judeus e outros povos.
As raças que influíram na formação do povo rio-grandense deixaram suas marcas, com mais profundidade nas regiões onde se concentraram de forma mais maciça.
Os casais açorianos exploraram integralmente as pequenas extensões das terras que possuíam. Plantavam trigo, milho, feijão, cevada, aveia, alpiste, etc. Além da falta de implementos e incrementos à agricultura, a compra sem o correspondente pagamento do produto das colheitas, por parte do governo, arruinou a atividade, entrando ela em decadência.
ATAFONA palavra de origem árabe, proveniente de ATTAHUNÃ, significa “Moinho Manual ou movido por cavalgaduras”. Também era conhecida por Azenha, quando era o “moinho de roda movido a água” (Novo Dicionário Aurélio, 1ª Edição).
Esse tipo de construção da ATAFONA veio de Portugal. O colono lusitano ao assimilar a cultura indígena da mandioca, procurou aperfeiçoar o processo da fabricação da farinha, recorrendo a uma antiga tradição da Península Ibérica quanto a construção de moinhos, herdada dos mouros peritos na construção de ATAFONAS e AZENHAS.
Discute-se a origem da sua tecnologia, que foi transplantada da Europa e Açores, tida como invenção do açoriano aqui recém chegado. Para a época, Século XVIII, os engenhos eram máquinas moderníssimas e de grande produtividade, pois substituíam métodos indígenas primitivos com grande eficácia, visto que os gentios empregavam apenas a força humana.
Aqui chegando, os colonizadores encontraram grande mercado para a farinha de mandioca, que ainda era preparada segundo a rudimentar técnica indígena. Em conseqüência os colonizadores passaram a se dedicar ao plantio da mandioca e à produção da tão cobiçada farinha.
Achou-se o imigrante e colonizador açoriano diante do desafio da produtividade e como resposta, adotou o que de melhor havia nos açores – as ATAFONAS e moinhos de vento ou tocados com corrente d’água, investindo muito na produção da mandioca e no seu processo industrial.
Do moinho de vento à ATAFONA de tração animal e, deste ao engenho de farinha foram nada mais nada menos do que adaptações de uma mesma tecnologia. Estava o açoriano inventando o Engenho de Mandioca.
A Tafona consiste numa grande casa ou galpão, onde no seu interior encontramos um conjunto de máquinas e instalações importantes para se produzir a farinha de mandioca.
Inicialmente as ATAFONAS eram movidas à força humana ou animal. Com o decorrer do tempo foram se aperfeiçoando, passando a serem movidas pela força hidráulica ou mecânica.
O conjunto de equipamentos da ATAFONA consta de: raspador, cevador, prensa, forno e peneira.
Quando o governo solicitou a adoção de novas culturas, nosso agricultor favorecido por empréstimos bancários e fortalecido por outras ofertas, partiu para outras formas de utilização e aproveitamento da terra, restringindo o plantio da mandioca, consequentemente o uso das ATAFONAS foi aos poucos, entrando em decadência em diversas áreas conforme se constatou muito bem no nosso Estado.

Pesquisa: Edegar Pereira Barboza – Técnico do IGTF



Revolução Farroupilha: a primeira tragédia passo-fundense

Paulo Monteiro (*)

Com a conquista das Missões, em 1801, consolidou-se a ocupação territorial, econômica e humana do que viria a ser o Rio Grande do Sul de nossos dias. Os militares que participaram dessa conquista acabaram dividindo entre si as novas terras.
A ocupação que começou pela atual região missioneira chegou ao atual perímetro urbano de Passo Fundo, em dezembro de 1827, quando Manuel José das Neves, mais conhecido como Cabo Neves, tomou posse das terras que lhe foram concedidas pelo Exército, fixando sua residência nas proximidades da atual Praça Almirante Tamandaré. Vinha acompanhado da família, parentes, agregados e escravos.
Como todo o descendente de bandeirantes era um plantador de cidades. Permitiu que outras famílias se fixassem nas proximidades. O arranchamento ali estabelecido cresceu rapidamente, com a chegada de diversas famílias, entre as quais a do alemão Adão Schell, nosso primeiro imigrante não-português. A recente povoação chamou a atenção dos governantes da Província que para cá mandaram, como primeira autoridade, Joaquim Fagundes dos Reis, que fixou residência nas proximidades do atual Bairro São José.
Logo surgiu uma capela, consagrada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, necessária para o reconhecimento oficial da povoação, e, ao lado, o cemitério católico.
A extração e o beneficiamento da erva-mate, a agricultura de subsistência, a criação de animais domésticos, o aproveitamento da pele de animais silvestres e o entreposto de tropas que por aqui passavam, foram as primeiras atividades econômicas.
Em meados de 1835, ao estourar a revolta dos estancieiros fronteiriços contra o governo central do Brasil, Passo Fundo crescia em ritmo alucinante. As duas principais lideranças locais tomaram lados opostos: Manuel José das Neves, ficou com o Império; Joaquim Fagundes dos Reis, maçom, manteve-se fiel aos seus confrades. A passagem de tropas conflitantes, saqueando a tudo e a todos, provocou o êxodo da população, em sua maioria paulista e paranaense, que não tinha os mesmos interesses de charqueadores e estancieiros da Fronteira.
Em 1938 por aqui passou o marechal Pierre Labatut, humilhado pelos ataques dos caingangues. Logo depois chegaram os revolucionários em seu encalço.
Muitos dos fazendeiros que, de início, apoiaram os farroupilhas, já haviam aderindo ao governo imperial, e participariam, inclusive, do Combate de Curitibanos, onde os revolucionários foram derrotados pelas tropas de Passo Fundo e Cruz Alta, conduzidas por Atanagildo Pinto Martins.
No território passo-fundense aconteceram alguns combates de pequena e média importância. Por aqui, após levantarem o cerco de Porto Alegre e subirem pela Serra das Antas, cruzaram e acamparam os principais próceres farroupilhas. Ao final do movimento armado, a promissora povoação estava reduzida a cinco ou seis ranchos, segundo o testemunho recolhido pelo historiador Antonino Xavier e Oliveira entre pessoas que aqui viviam ao tempo da revolução e, portanto, conheceram Passo Fundo daquela época.
A Revolução Farroupilha representou o que de pior poderia ter acontecido para a florescente povoação. Mesmo aqueles que, de início, ficaram ao lado dos revolucionários, ao sentirem que os interesses serranos não eram os mesmos dos charqueadores e estancieiros, bandearam-se para o lado imperial. Portanto, à exceção de alguns “políticos” e empregados públicos e pessoas, como Joaquim Fagundes dos Reis, que possuíam ligações com a corrente maçônica de que faziam parte os próceres farroupilhas, ficaram ao lado dos rebelados. A maioria dos passo-fundenses procurou refúgio no Paraná e São Paulo ou acabou apoiando as forças imperiais.
A Revolução Farroupilha, entre 1835 e 1845, foi a primeira grande tragédia que se abateu sobre Passo Fundo; a segunda foi a Guerra Contra o Paraguai (1864-1870) e a terceira a Revolução Federalista, de 1893. São três eventos históricos dos quais não temos nada de que nos orgulhar. Devemos orgulhar-nos de nossos ancestrais que souberam se beneficiar do posicionamento estratégico e dos recursos naturais para transformar nossa cidade num dos maiores centros econômicos e humanos do Rio Grande do Sul. Eles é que são nossos verdadeiros heróis.
(*) Paulo Monteiro é autor dos livros A Trova no Espírito Santo (História e Antologia), Combates da Revolução Federalista em Passo Fundo, O Massacre de Porongos & Outras Histórias Gaúchas e A Campanha da Legalidade em Passo Fundo, além de centenas de artigos e ensaios sobre temas históricos, culturais e literários.




UNS FECHAM, OUTROS SE MANTÉM...



... A DURAS PENAS


Assim é a vida dentro de nosso tradicionalismo: Enquanto muitos Centros de Tradições vão fechando suas portas, como é o caso do Roda de Chimarrão, antigo e tradicional CTG aqui da Zona Sul da capital do RS...


.... outros vão peleando, só com o cabo da faca, para manterem vivos os nossos antigos costumes.

Parte deste chasque foi retirado do blog do poeta e tradicionalista Léo Ribeiro:


Nota do blog do GG: Para que esta realidade não venha a acontecer com as entidades tradicionalistas do estado do Rio de Janeiro,  necessário se faz uma atuação efetiva das patronagens, para que estas entidades não vivam só de costeladas, afinal de contas churrascarias há aos montes por ai. Da parte dos simpatizantes espera - se uma presença mais constante nos eventos programados por estas entidades. A cultura tradicionalista gaucha não se resume a comer carne, tomar mate e ouvir musica regionalista.
Marcus Machado 


POEMA PRA UM FIM DE TARDE

Aldo Chiappe - Regresso Por el Albardon

PAGO VAGO 
Autoria: Apparicio Silva Rillo

Vago é meu pago.
Este que trago,
cicatriz em mim,
Raiz de minhas íntimas origens,
veio subterrâneo de onde vim.

Vago é meu pago.
Este que trago,
em músculos e ossos.
Inteiro como foi porque é memória,
flor de perenidade entre destroços.

Vago é meu pago.
Este que trago,
como sombra e manto.
É meu destino a cruz de sustentá-lo
nos alicerces de vento de meu canto.

Poema retirado do sítio do poeta Léo Ribeiro
http://blogdoleoribeiro.blogspot.com.br


Guaranis desmentem livros e revelam nova história

Rosana Bond
Os guaranis, que por muito tempo observaram o passado de seu povo ser escrito e deturpado pela ideologia das classes dominantes, decidiram dar um basta e tomar nas mãos a tarefa de desmentir os livros e contar sua própria História.

— Chegou a hora de a sociedade não-indígena do Brasil conhecer a verdade, ninguém pode continuar pensando que perdemos a memória — afirma Werá Tupã (Leonardo), da aldeia do Morro dos Cavalos, SC, tido como um dos mais destacados intelectuais indígenas do sul do país.
Ele faz parte de um grupo de guaranis que vem pesquisando fatos históricos e episódios lendários com o objetivo de reapresentá-los ao povo brasileiro de um modo diferente daquele com que foi narrado pelo pensamento reacionário. Um dos temas, cujo estudo demorou anos e ainda não está totalmente concluído, é a verdadeira história de Sepé Tiarajú.
Sepé foi um dos maiores guerreiros indígenas do sul do país, líder da resistência dos Sete Povos das Missões (RS) contra tropas espanholas e portuguesas, na chamada Guerra Guaranítica, de 1753 a 1756. Essa guerra foi abordada (de maneira fantasiosa e truncada) no filme A Missão, com Robert de Niro e Jeremy Irons, em 1986. Tal rebelião foi consequência do Tratado de Madri, pelo qual Portugal e Espanha trocaram entre si os Sete Povos das Missões, sob domínio espanhol, pela Colônia do Sacramento, sob domínio lusitano. O acordo obrigava os 30 mil guaranis e os jesuítas das sete reduções a abandonarem o Rio Grande do Sul e passarem ao território castelhano, no outro lado do rio Uruguai.
A Companhia de Jesus, chefia jesuíta na Europa, ordenou a mudança, mas os guaranis não aceitaram. Sepé liderou a resistência e em carta à Coroa de Espanha deu o famoso aviso: "Esta terra tem dono!".
Armas de cana brava
Sepé articulou uma espécie de Confederação Guaranítica, criando inovadoras táticas militares para a época, nas quais priorizava a guerrilha e evitava grandes batalhas. Chegou a idealizar e construir quatro peças de artilharia, confeccionadas com cana brava. Foi assassinado numa emboscada, por soldados espanhóis e portugueses, nos campos de Caiboaté, às margens da Sanga da Bica, em 7 de fevereiro de 1756.
O bravo e exemplar Sepé Tiarajú transformou-se num símbolo para os gaúchos. Há um rio e um município com seu nome e, em Santo Ângelo, uma estátua no centro da cidade. Os guaranis não vêem problema nisso, mas há uma questão de fundo que parece lhes desgostar e incomodar há muito tempo. Que é a "desindianização" de Sepé.
A História escrita pela cartilha das classes exploradoras e da igreja católica apossou-se da figura heróica, metamorfoseando-a quase num branco que era índio por acaso.
Os livros falam que ele "abraçou a doutrina cristã" e foi "o mais ardoroso defensor da obra dos jesuítas"; que "seus mestres foram os padres"; que ele lutou "sugestionado pelos religiosos"; que "era índio missioneiro, provavelmente já cristão de terceira geração"; que alguns padres foram "os principais estrategistas da resistência"; que, órfão de pai e mãe, "foi criado pelos jesuítas"; Werá Tupã discorda de tudo isso. Os livros erram até numa informação básica, sobre sua origem. Numa revelação inédita e surpreendente, Werá diz que Sepé não era guarani. E sim pertencia a "um outro povo indígena que não conseguimos identificar. Ele foi adotado pelos guaranis e criado como um dos nossos".
A pesquisa a respeito de Sepé baseou-se na história oral, preservada na memória de índios centenários que viveram no Rio Grande do Sul, entre eles a velha xamã Tatãty Yva Rete (Maria Candelária Garay), apontada por antropólogos da Universidade Federal de Santa Catarina (UF SC) e PUC de São Paulo como uma das lideranças femininas mais importantes e respeitadas da tribo. Nascida aproximadamente em 1874, Tatãty foi avó adotiva de Werá Tupã.
A verdadeira história de Sepé Tiarajú

[ele] não era um cristão mesmo, como dizem, porque na verdade ele respeitava mais a religião do avô, a religião do nosso povo. Karaí Djekupé foi e continua sendo um grande herói dos guaranis

O AND foi escolhido pelos guaranis para ser o primeiro órgão de comunicação dos djuruá (não-índios) a tomar conhecimento do conteúdo do estudo, que poderá se transformar em breve num livro. Eis um resumo, contado por Werá Tupã:

"Ao contrário do que se diz, Sepé não era guarani. Ele nasceu em outro povo indígena, que não conseguimos identificar. Quando ele tinha dois anos de idade, sua aldeia, que ficava no Rio Grande do Sul, foi atacada por portugueses ou espanhóis. Os guaranis correram para ajudar, mas o lugar já tinha sido invadido e quase todos tinham sido massacrados.

Os guaranis salvaram o menino e o levaram para uma aldeia nossa, perto da missão de São Miguel. Um casal adotou ele. O avô da família era um pajé muito poderoso e o menino adorava ele. Uma coisa que quase ninguém sabe é que o nome certo dele não era Sepé Tiarajú. Esse era o jeito que os padres das missões entenderam e escreveram.

Seu nome era Djekupé A Djú, que significava "Guardião de Cabelo Amarelo". "Guardião" porque era um guerreiro e "cabelo amarelo" porque não tinha o cabelo bem preto como os guaranis, era meio castanho. Mas era índio mesmo, não mestiço.

Quando o menino começou a crescer, pensaram que ia ser um pajé, um religioso, e ele começou a ser preparado para isso. Mas seu outro lado, de guerreiro, foi mais forte e aí mudou o seu destino. Recebeu nome de guerreiro, Djekupé A Djú. E também era chamado pelos guaranis de Karaí Djekupé, "Senhor Guardião".

O destino de guerreiro foi porque ele era revoltado com os brancos e tinha gratidão pelos guaranis. Queria lutar pelos guaranis. É que, na aldeia, nunca esconderam dele a sua história, tudo que tinha acontecido no ataque.

Os jesuítas não criaram ele, mas ia sempre nas missões porque os padres davam apoio na defesa e ele ficava uns tempos lá. Foi assim que aprendeu a língua espanhola.

Os padres não treinaram ele, foi preparado sim pelo grande exército guarani, os "kereymba" [pronuncia-se "krimbá"]. Era um ótimo guerreiro.

Além do mais, tinha facilidade para conversar com os homens brancos, uma coisa que os outros guerreiros não tinham aptidão para fazer. Djekupé A Djú lutava, fazia de tudo para que as aldeias guaranis não fossem perturbadas. Principalmente porque ele pensava no seu avô, não queria que nada atrapalhasse a preparação espiritual do seu avô [Werá não entrou em detalhes, mas é possível supor que, de acordo com a tradição, o velho pajé se preparava espiritualmente para "viajar" à Terra Sem Mal, a Yvy Mara Ey, uma espécie de paraíso, que segundo o mito pode ser alcançado em vida ou após a morte].

Por aí se vê que Djekupé A Djú podia se relacionar com os jesuítas, mas não era um cristão mesmo, como dizem, porque na verdade ele respeitava mais a religião do avô, a religião do nosso povo. Karaí Djekupé foi e continua sendo um grande herói dos guaranis e esta é a sua verdadeira história".

Estudos históricos e antropológicos vêm indicando, cada vez mais, que a falada conversão dos guaranis ao cristianismo, nas reduções jesuíticas, foi talvez mais aparente que real. Esses indígenas não se recusavam ao batismo e às missas, muitas vezes por apreciarem a estética dos rituais e para não desgostarem os padres.

Um sinal disso pode ser a não permanência da religião. O número de guaranis católicos, hoje, é ínfimo. Tem havido "ataques" de seitas protestantes às aldeias e muitos frequentam os cultos. Mas ainda não se pode avaliar a verdadeira dimensão do prejuízo cultural, pois os guaranis parecem possuir uma auto-defesa eficiente, baseada no ato de "desviar-se", com extrema diplomacia, que ilude inteligentemente os desavisados.


Tradicionalista ou Nativista? distintos, mas iguais

Dois movimentos distintos que dividem o amor pelo Rio Grande. Foto: Leonard Wilhelm / Portal Extra
Dois movimentos distintos que dividem o amor pelo Rio Grande. Foto: Leonard Wilhelm / Portal Extra
A cultura gaúcha é composta por dois movimentos diferentes, mas iguais. O tradicionalismo e o nativismo. Quando procuramos no dicionário, tradicionalismo é definido pelo apego as tradições e o nativismo como aversão aos estrangeiros. Mas como esses dois movimentos são definidos pelos gaúchos?
Enquanto o tradicionalismo gaúcho é composto por uma estrutura hierárquica, organizada, onde existe um presidente, sendo ele o presidente do MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho). No mapeamento do estado existem 30 coordenadores, os coordenadores das Regiões Tradicionalistas (RTs), e em cada Centro de Tradição Gaúcha (CTG), um patrão.
O nativismo não tem uma hierarquia definida, tão pouco alguém que comande esse movimento. Os líderes são os artistas que nas suas canções e poesias, traduzem o apego ao pago, a lida campeira e a saudade da prenda como principais inspirações.
O tradicionalismo traz as danças tradicionais e de salão. É muito rígido quando o assunto é indumentária, valorizando sempre a imagem de quem irá mostrar a cultura do gaúcho. O nativismo é um movimento cultural que une aqueles gaúchos que se identificam com as músicas nativistas e as poesias, e que dança pouco. O primeiro é o tradicional, e o segundo é inovador.
Mas porque no início do texto esses grupo foram definidos como diferentes, mas iguais? Simples, apesar das características distintas, ambos movem o mesmo ideal, o amor pelo Rio Grande do Sul, o orgulho da terra e das origens.


PROJETO - GAITEIROS PELO MUNDO




Colaboração: Rodolfo Nunes



A gaita, instrumento que tanto já fez por músicos gaúchos, vai ganhar uma retribuição à altura planejada pelo acordeonista Luiz Carlos Borges.

O projeto Gaiteiros do Mundo, destinado a aumentar o prestígio da gaita no cenário cultural, foi lançado ontem no show do instrumentista francês Richard Galliano no Teatro Renascença.

Saudado como herdeiro musical do argentino Astor Piazzolla, Galliano é considerado um exímio acordeonista e responsável por elevar o status do instrumento nos sofisticados circuitos do jazz. Sua abrangência sonora, porém, vai do pop até a música erudita. Devido a esse currículo, foi convidado para fazer o show de lançamento e servir como uma espécie de padrinho do projeto Gaiteiros do Mundo.

– A ideia é fazer dois dias de espetáculos, no ano que vem, para ajudar a gaita a ser cada vez mais reconhecida e respeitada. E usamos esse termo, utilizado aqui no Rio Grande do Sul, em vez de acordeom ou sanfona, para valorizar a importância dela para a nossa música.

A intenção do idealizador do projeto, realizado em parceria com a Secretaria de Cultura de Porto Alegre, é fazer os shows nos dias 17 e 18 de novembro de 2014. Em cada dia, devem se apresentar 10 gaiteiros gaúchos, de outros Estados e países. Já foi encaminhado um projeto para captar recursos por meio de lei de incentivo à cultura. Com os espetáculos, Borges também espera elevar o reconhecimento da gaita como um pilar da cultura regional:

– Queremos fazer com que se dê valor à gaita, como se dá ao chimarrão e à bombacha, como símbolo da nossa sonoridade. Foi o gaúcho Chiquinho do Acordeom que ajudou a resgatar esse instrumento no Brasil, nos anos 50 e 60, quando vivia no Rio.


A primeira edição oficial vai ser ano que vem, no Araújo Vianna.

Chasque retirado do sítio do poeta Léo Ribeiro:
http://blogdoleoribeiro.blogspot.com.br


São Miguel das Missões

































Tentando entender…

É inegável o crescimento das festividades relativas ao período farroupilha, em todo o estado. A cada ano se realizam mais acampamentos, mais cavalgadas, mais e mais pessoas se envolvem nas atividades desenvolvidas pelos CTGs, pelas escolas e pelas comunidades. Verificamos isso em Porto Alegre e em todos os recantos do estado.
Diante dessa realidade incontestável, nos perguntamos: por que algumas pessoas esclarecidas, alguns historiadores, alguns sociólogos, alguns políticos, continuam insistindo na velha e surrada cantilena que tenta negar a importância da Revolução Farroupilha como marco fundador da identidade gauchesca? Por que negam o valor sócio-cultural do tradicionalismo gaúcho? Por que insistem em desconhecer que a sociedade é quem define os seus destinos, suas escolhas, suas opções culturais? Por que valorizam experiências e feitos de outras sociedades (gregos, franceses, ingleses, russos, norte-americanos) e menosprezam os feitos históricos da sociedade sul-rio-grandense?
A cada setembro aparecem historiadores, jornalistas, sociólogos e não sei o que mais para ocupar espaços na mídia com o objetivo de contrapor e desmerecer as iniciativas que a sociedade adota para expressar o seu orgulho de ser gaúcha, o seu sentimento de nativismo ou a sua gana de mostrar que faz parte de um processo histórico de construção de uma identidade que tem valores, que preza os costumes e os hábitos tradicionais e que não tem vergonha de usar suas pilchas nas ruas, praças e parques públicos.

Se o que fazem, esses homens e mulheres, é a apologia ao gauchismo, então está bem! Lamentável seria se fizessem apologia à sacanagem, à malandragem, à drogadição ou à negação dos valores familiares.
Talvez uma das razões que leva pessoas esclarecidas a contestar o Movimento Tradicionalista Gaúcho e suas formas de expressão seja o sucesso que aquela entidade alcançou no intuito de penetrar nas esferas sociais, públicas e privadas. Isso ocorreu com tal força que deixa desnorteados muitos analistas sociais.
Como explicar que num CTG convivem pacificamente filhos e pais, gente rica e gente pobre, doutores e analfabetos? Como explicar que no tradicionalismo não se escolhe o patrão pelo volume de dinheiro que tem e nem pelo acumulo de conhecimento acadêmico? Como explicar que um “guri” seja patrão e que os “tordilhos” cumprem suas tarefas subordinadas chamando-o de senhor? Como explicar que o patrão ou o capataz mal sabem ler e escrevem com dificuldade, enquanto o advogado e o engenheiro estão assando o churrasco ou controlando a portaria?
Com relação à Revolução Farroupilha, não nos cabe criticar o que foi feito. Cada episódio deve ser compreendido no seu tempo e nas suas circunstâncias. O que devemos fazer é aprender com a história: procurar repetir os acertos e evitar os erros.
A nós cabe tratar o mito do gaúcho com carinho, comemorar as nossas efemérides, valorizar os nossos heróis, manter o espírito do tradicionalismo, sem esmorecer, sem titubear e bombeando o horizonte luminoso para onde a sociedade gaúcha se dirige.
Aos que não são gaúchos, nossos respeitos. Eles não precisam pedir desculpas por nada, nem precisam tentar ser gaúchos para agradar a uns e outros. Cada um assume a cultura e o modo de vida que lhe agrada e que melhor lhe atenda as necessidades sociais e familiares. Cada um de nós é livre para ser o que quiser ser e não precisamos nos envergonhar dessa escolha.

Manoelito Carlos Savaris
Presidente da CBTG

ONDE VAI PARAR A VELHA HOSPITALIDADE?



"...amargo doce que eu sorvo / num beijo em lábios de prata / tens o perfume da mata / molhada pelo sereno / e a cuia, seio moreno / que passa de mão em mão / traduz no meu chimarrão / na sua simplicidade / a velha hospitalidade /  da gente do meu rincão..."

Ao que parece, este poema do saudoso Glaucus Saraiva que traduz com perfeição o símbolo da hospitalidade do gaúcho, está comprometido pelo preço exorbitante do quilo da erva, um verdadeiro absurdo.

Todos sabem que este brazão do Rio Grande, o chimarrão, é a forma de dizermos seja bem-vindo. Não hay rancho, nos fundões desta querência, por mais humilde que seja, que não tenha um mate espumante para oferecer as visitas. Pode faltar carne, vinho importado, dinheiro para emprestar, mas cara alegre e erva buena, não. Quer dizer, não faltava. Agora a "cosa" está osca (cinzenta).

Nos conta o amigo Hilton Araldi que, até o fim do ano, o quilo da verdinha estará em riba de R$ 16,00 lá por Passo Fundo. Do jeito que vai, o mate vai virar relíquia e veremos aí pelas ruas aquelas pessoas com placa substituindo os escritos de Compro Ouro para: Compro Erva...

       
Chasque retirado do sítio do poeta Léo Ribeiro:
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                        Brasão do Estado do Rio de Janeiro




O Brasão do Estado do Rio de Janeiro, criado a pedido do então Governador do Estado, o General Paulo Torres, conforme amplamente noticiado nos jornais da época. Foi instituído pela lei nº 5.138, de 7 de fevereiro de 1963, e posteriormente revisado, descrito e interpretado pela lei nº 5.588 de 5 de outubro de 1965. O autor e da revisão foi o Dr. Alberto Rosa Fioravanti, conforme atestam os jornais da época.

O Brasão de Armas tem a forma tradicional dos escudos adotados pelo clero, oval - simbolizando os anseios cristãos do povo fluminense - cortado. O primeiro de azul  representa o céu e simboliza a justiça, a verdade e a lealdade, com a silhueta da Serra dos Órgãos, movente do traço do cortado, destacando-se o pico Dedo de Deus, na cor; o segundo de verde, representando a baixada fluminense, cortado de azul, lembrando o mar de suas praias.

O escudo é circundado por uma corda de ouro, simbolizando a união dos fluminenses.

Colocado brocante, uma águia de cor natural, com asas abertas, na atitude de alçar voo, representando o Governo forte, honesto e justo, portador de mensagem de confiança e de esperança aos mais longínquos rincões de nosso Estado; assente em um escudo redondo de azul, faixado e orlado de prata, respectivamente com as inscrições: "9 de abril de 1892" que figura na faixa, lembrando a promulgação da primeira Constituição do Estado do Rio de Janeiro, e "Recte Rempublican Gerere" (gerir a coisa pública com retidão), incluída na orla, traduzindo a preocupação constante do homem público do nosso Estado; e carregado de uma estrela de 5 pontas de prata; no chefe, representando a Capital.

Como apoios, uma haste de cana e um ramo de cafeeiro frutado, de cor natural, colocados, respectivamente, à direita e à esquerda do escudo, representando os principais produtos da terra.

Listel de prata com a inscrição - "ESTADO do RIO de JANEIRO"

O timbre e a estrela Delta, de prata, representante do Estado do Rio, na Bandeira Nacional.


 Hino do estado do Rio de Janeiro.



Fluminenses, avante! Marchemos!

Às conquistas da paz, povo nobre!

Somos livres, alegres brademos,

Que uma livre bandeira nos cobre.

Fluminenses, eia! Alerta!

Ódio eterno à escravidão!

Que na Pátria enfim liberta

Brilha à luz da redenção!

Nesta Pátria, do amor áureo templo,

Cantam hinos a Deus nossas almas;

Veja o mundo surpreso este exemplo,

De vitória, entre flores e palmas.

Fluminenses, eia! Alerta!...



Nunca mais, nunca mais nesta terra

Virão cetros mostrar falsos brilhos;

Neste solo que encantos encerra,

Livre Pátria terão nossos filhos.

Fluminenses, eia! Alerta!...

Ao cantar delirante dos hinos

Essa noite, dos tronos nascida,

Deste sol, aos clarões diamantinos,

Fugirá, sempre, sempre vencida.

Fluminenses, eia! Alerta!...

Nossos peitos serão baluartes

Em defesa da Pátria gigante;

Seja o lema do nosso estandarte:

Paz e amor! Fluminenses, avante!



Nossas Raízes"


O temário proposto para os Festejos Farroupilhas 2011 foi aprovado pela Comissão Estadual, no mês de dezembro de 2010 e homologado pelo Congresso Tradicionalista Gaúcho, do MTG, em janeiro de 2011. A proposta é bastante abrangente e tem como objetivo explorar a história do Rio Grande do Sul e buscar, em alguns episódios e períodos, indicadores da identidade do povo gaúcho. Rebuscar a história e retirar dela os aspectos que melhor retratem a formação sócio-cultural do nosso Estado é tarefa que não se esgotas nesse ano de 2011, mas haverá de nos ajudar a entender um pouco mais a nossa identidade cultural regional. Cada município do Estado ou cada microrregião poderá aprofundar um ou mais tópicos entre os que estão sendo propostos neste temário. Esse aprofundamento se dará em função da característica local, especialmente pela predominância ou influencia maior de uma ou de outra etnia.  Para bem desenvolver a idéia de explorar as raízes da formação sócio-cultural do gaúcho sul-rio-grandense foram selecionados os seguintes momentos da nossa história:

1. OS JESUÍTAS NO TERRITÓRIO GAÚCHO

                As reduções jesuíticas constituídas entre 1626 e 1641. A introdução do gado pelos Pe. Cristovão de Mendonça e Pedro Romero, o que resultou nas vacarias do Mar e dos Pinhais, além do uso do cavalo na lida campesina.  Mais tarde, com o retorno dos jesuítas ao território temos a formação dos Sete Povos das Missões. Deste segundo momento podemos explorar a questão da religiosidade, da expansão da erva-mate, as esculturas e a música (1682 a 1756). Importante estudar a Guerra Guaranítica (1754-1756) e suas consequencias.

2. A TERRA DE NINGUEM

                O período compreendido entre a chegada dos jesuítas e a chegada dos portugueses caracterizou-se pela ausência de governo, de regramento e de organização mínima daquela “sociedade” que começava a aparecer, com predomínio da exploração do gado e o comércio do couro. Surge aí o tipo humano denominado “gaudério”, depois batizado de gaúcho. Foi nesse período que os portugueses instalaram a Colônia do Sacramento (1680), às margens do Rio da Prata e intensificou-se a movimentação de tropas entre Laguma e o Sacramento, especialmente pelo litoral. Surge, no cenário, Cristóvão Pereira de Abreu que é considerado o primeiro tropeiro. Esse tropeiro abre o primeiro caminho para levar tropas de gado e mulas do Rio Grande do Sul para a Província de São Vicente, hoje São Paulo. Era o início do tropeirismo.

3. FUNDAÇÃO DA PROVÍNCIA

                A província de São Pedro do Rio Grande do Sul começa a tomar forma com a chegada de Silva Paes e a fundação de Rio Grande (Forte Jesus-Maria-José) – 1737. Aprofunda-se a iniciativa portuguesa de ocupação do território (também reivindicado pelos espanhóis) com a distribuição de sesmarias e a organização das estâncias. É a partir daí que são plantadas as bases sociais e econômicas do Rio Grande do Sul. Depois de Rio Grande, foi fundado Rio Pardo e, ali, surge a figura de Rafael Pinto Bandeira e sua atividade militar na defesa do território contra as invasões castelhanas: Rio Pardo, a tranqueira Invicta.

4. OS AÇORIANOS E A FUNDAÇÃO DE PORTO ALEGRE

                O tratado de Madri (entre Portugal e Espanha) previa a troca da colônia do Sacramento pelos sete Povos das Missões, o que resultou na Guerra Guaranítica. Os portugueses planejaram ocupar as Missões com casais de açorianos e implantar na região uma espécie de colônia agrícola. Os açorianos chegaram a partir de 1754 e não puderam ser enviados para as Missões em função da Guerra, permanecendo na região litorânea e nas proximidades do Porto do Dornelles, fundando o Porto dos Casais, hoje Porto Alegre, a Capital do Estado. Eles ocuparam, também, as margens dos rios Jacuí e Taquari, fundando cidades como Triunfo e São Jerônimo. A agricultura ganhou impulso com os açorianos que se dedicaram ao cultivo de culturas como o trigo, milho e feijão. Os açorianos influem muito na implantação da cultura da família (a clã), até aquele momento praticamente desconhecida pelos habitantes que lidavam com o gado numa vida sem paradeiro. Dos açorianos temos muito das nossas músicas, danças, culinária, fé religiosa e modo de vida.

5. ÉPOCA DAS CHARQUEADAS (1780 – 1840)

                A lida com o gado ganha um ingrediente importante a partir das charqueadas. Essa foi a primeira e mais importante indústria do Estado. Por largo período o Estado teve nas charqueadas seu motor econômico mais significativo.É no período das charqueadas que o uso dos rios e lagos como meio de transporte ganha impulso, especialmente entre Porto Alegre e Pelotas. A economia passa a depender da força de trabalho dos negros escravos trazidos para as charqueadas. Foi um período de grande crescimento econômico, especialmente de Pelotas e Rio Grande, mas também foi o período triste se analisado do ponto de vista humanitário ou do direito natural dos homens. Os negros foram tratados como simples animais nas charqueadas.

6. A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA PROVÍNCIA

                A província de São Pedro do Rio Grande do Sul somente ganha uma administração própria no ano de 1809. Sob o ponto de vista da administração pública, esse é o momento em que o Estado adquire autonomia.  A partir da organização administrativa da Província, a Capital, Porto Alegre, se desenvolve e começa a ganhar contornos de modernidade com o surgimento de prédios e de uma arquitetura própria. Outro episódio importante daquele primeiro quarto do século XIX, é o desaparecimento da província Cisplatina e o surgimento do Uruguai (1828). Destaca-se para isso a Guerra da Cisplatina. O episodio mais significativo dessa guerra foi a Batalha do Passo do Rosário, não somente por ter protagonizado a maior concentração de tropas já vista na America do Sul, mas pelas suas conseqüências políticas.

7. COLONIZAÇÃO – PRIMEIRA FASE

                Imprescindível para a compreensão da identidade regional é reconhecer a importância da colonização do território por europeus. Primeiro chegam os alemães. Estabelecidos inicialmente na Real Feitoria do Linho Cânhamo (1825), hoje São Leopoldo, expandiram-se para o norte e oeste, ocupando grande parte dos vales. Foram os alemães que implantaram as primeiras indústrias (artesanato) no território gaúcho. Podemos destacar, além da culinária, também a música, a dança e o espírito do cooperativismo trazido pelos alemães. A nova “ética do trabalho” também se deve aos imigrantes.

7. REVOLUÇÃO FARROUPILHA

                Episódio considerado como marco fundador da identidade regional, a Revolução Farroupilha teve início em 1835 com a tomada de Porto Alegre. Vale estudar as causas dessa revolução e o papel que a maçonaria desempenhou no fomento do conflito. A figura de Antonio de Souza Netto que patrocinou a proclamação da República Rio-Grandense (1836) merece ser bem estudada. Bandeira e Hino o hino da República Rio-Grandense foram uma conseqüência da proclamação de Netto. O episódio da tomada de Laguna e a criação da República Catarinense (1839) merecem destaque pelo significado político: os farroupilhas pretendiam implantar no Brasil uma República Federativa, integrada pelas províncias autônomas. O fim da revolta no ano de 1845, sem que os objetivos fossem alcançados, mas com conquistas importantes consubstanciadas naquilo que passou para a história como Paz de Ponche Verde, assinada nos campos de Dom Pedrito.

8. NA DEFESA NACIONAL

                A tônica da história do Estado foi a defesa do território contra os interesses castelhanos. A Guerra contra Rosas (1854) é um marco importante nesse mister. Os mesmos farroupilhas que haviam lutado contra o Império Brasileiro foram os que defenderam o Brasil contra as pretensões expansionistas do ditador argentino. A Guerra do Paraguai (1865) foi outro episódio importante. Os gaúchos formaram vários “Corpos de Voluntários da Pátria” para a formação do exército da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai), combatendo o Paraguai e seu ditador Solano Lopes. -Depois da Guerra do Paraguai tem início da modernização do Brasil e do Estado, com a implantação das estradas de ferro. Houve a partir de então uma significativa melhora nos transportes e na integração do território.

9. REVOLUÇÃO FEDERALISTA

                No ano de 1889 instala-se a República Brasileira. O fim do Império dá início a um novo momento político. No Estado há uma intensa disputa pelo poder. As figuras de Julio de Castilhos e de Gaspar Silveira Martins surgem como estrelas da disputa política o que resultou na Revolução Federalista. A “guerra da degola”. Pica-paus e maragatos mancharam o território com o sangue dos gaúchos. Duas ideologias, duas facções, dois interesses convulsionaram o Estado por dois anos (1894-96). No final, a implantação da administração positivista. No ano de 1892, o Corpo Policial é extinto e no seu lugar surge a Brigada Militar como um exército estadual.

10. A COLONIZAÇÃO – SEGUNDA FASE – COMPLETA-SE O GAÚCHO

                A chegada dos Italianos no ano de 1875 marca a ocupação do último grande espaço territorial: a serra. Com sua força de trabalho, os italianos plantam cidades e imprimem um novo ritmo para a economia do Estado. Culturalmente contribuem com as suas danças, música, culinária, festas de comunidade e crença religiosa. Nesse período temos também a chegada de imigrantes Poloneses, Holandeses, ucranianos e outros grupos que, se não ocuparam grandes áreas, foram e são até hoje importantes para muitas comunidades do Estado. Neste ano de 2011 comemora-se o centenário da imigração Holandesa no Brasil. É o ano da Holanda no Brasil.


11. GAUCHISMO: CULTO E PRÁTICA

                A identidade gauchesca começa a ser estudada, compreendida e difundida, mesmo que de forma romântica, com o surgimento do Partenon Literário em Porto Alegre (1858). Foi naquela “confraria” que surgiram os primeiros escritores e poetas valorizando o gaúcho e sua cultura. Mais tarde surge a figura de João Cezimbra Jacques que capitaneou a fundação do Grêmio Gaúcho (1898). Foi essa a primeira iniciativa de organização social, como um clube, para resgatar e preservar aspectos importantes da cultura gauchesca. Em seguida foi a vez de João Simões Lopes Neto fundar a União Gaúcha de Pelotas (1899), seguindo-se uma série de clubes gauchescos pelo Estado. Foi no ano de 1947 que toda a experiência acumulada desde o Partenon Literário, que resultou na primeira Ronda Gaúcha no Colégio Julio de Castilhos, o episódio de 5 de setembro com “O Grupo dos 8” e, depois, já no ano de 1948 o surgimento do 35 CTG que deu o modelo seguido por inúmeros outros Centros de Tradições no Estado e fora dele. Hoje são mais de 3.000 CTGs, espalhados pelo mundo, reunindo pessoas (gaúchos sul-rio-grandenses e outros gaúchos) cultuando, valorizando e difundindo a cultura gauchesca e consolidando a identidade do gaúcho, fruto da sua trajetória histórica. O gaúcho é um tipo cultural, formado por inúmeras etnias e aspectos culturais herdados dos índios, espanhóis, portugueses, negros, açorianos, alemães, italianos, poloneses, holandeses ... e mestiços de toda ordem.

MANOELITO CARLOS SAVARIS
1º VICE-PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DA TRADIÇÃO GAÚCHA.
                 


                                 SER OU ESTAR TRADICIONALISTA?




Seguidamente escuto o seguinte comentário: -Não sou tradicionalista porque não ando pilchado (traje de gaúcho); não sou vinculado a nenhuma entidade tradicionalista; não vou a rodeios ou festivais; não escrevo poesias ou textos gauchescos...

Há um grave erro nesta afirmativa. Tradicionalista, em princípio, é toda aquela pessoa que cultiva alguma tradição, ou seja, preserva algum costume.

Se alguém cultua uma tradição Afro, por exemplo, este alguém é um tradicionalista. Se um pernambucano resguarda e repassa sobre o frevo, ele é um tradicionalista.

O vocábulo “tradição” tem origem no termo latino “tradere”, cujo significado literal é entregar. É entendido como o conjunto de crenças, práticas e valores materiais e espirituais que unem um povo. Corresponde à conservação e à transmissão desses legados culturais através das gerações.
Bueno. Isto posto, vamos reduzindo o universo e chegando ao tradicionalista gaúcho e que muitos chamam de Regionalismo.
Dentro desta lógica, então, tradicionalista, para nós, do Rio Grande do Sul, é todo aquele que preserva a tradição gaúcha, não importando qual sua atividade dentro de nossa cultura. Ao contar uma história para um neto, o avô está sendo tradicionalista. Ao levar sua filhinha para dançar numa invernada artística, essa mãe está sendo tradicionalista.

Uma corrente muito forte e que tem ganhado força dentro do gauchismo é a de que só quem tem o Cartão Tradicionalista pode-se considerar um (tradicionalista). Mas não é bem assim.

O Cartão Tradicionalista é um instrumento fornecido pelo M.T.G. aos seus filiados e que visa identificá-los nos concursos artísticos e campeiros promovidos por esta entidade. Ninguém é obrigado a alinhar-se ao Movimento mas, quem o fizer, deverá ter tal cartão.

Na própria Estância da Poesia Crioula criamos a Carteira de Associado, mas não é este documento que vai te fazer um bom ou um mau poeta.

Como escrevi em uma música bem pataqüera, gravada por Gonzaga dos Reis:

“Um xiru de guampa torta,
um rio-grandense de fato,
entra e sai em qualquer porta
sem precisar de retrato”.

Da mesma forma, não é por botar umas pilchas, escrever uns versos (ou mesmo livros), tocar e cantar gauchescamente, andar em cavalgadas, que vamos caracterizar nosso tradicionalismo. Este, meus amigos, vai muito além.

Isto tudo é um preâmbulo para chegar aonde realmente quero e mostrar o abismo de diferença que existe entre o SER tradicionalista e o ESTAR tradicionalista.

SER tradicionalista são os 12 meses do ano.
ESTAR tradicionalista é o mês de setembro.

SER tradicionalista é alma.
ESTAR tradicionalista é aparência.

SER tradicionalista NÃO PRECISA estar pilchado
ESTAR tradicionalista PRECISA estar pilchado

SER tradicionalista não depende da ocasião
ESTAR tradicionalista depende da ocasião

SER tradicionalista é cavalgar sob as luzes das estrelas.
ESTAR tradicionalista é cavalgar sob a luzes das máquinas fotográficas.

SER tradicionalista é alpargata esfiapada.
ESTAR tradicionalista é bota apertada.

SER tradicionalista é matar o assunto no ovo.
ESTAR tradicionalista é falar pelas cartilhas.

SER tradicionalista é erguer a cabeça e bombear o tempo.
ESTAR tradicionalista é atrelar-se ao que o rádio fala da chuva.

SER tradicionalista é saber que Deus é grande, mas o diabo não é petiço.
ESTAR tradicionalista é não saber o outro lado das coisas. 

Chasque retirado do sítio do poeta Léo Ribeiro:
http://blogdoleoribeiro.blogspot.com.br/2013/07/ser-ou-estar-tradicionalista.html





Revista: Historia Viva edição 19 - Maio 2005




Cidade Maravilhosa, à beira-mar plantada
O Rio de Janeiro se transformou sem perder sua beleza natural, realçada por recantos artificiais como a floresta da Tijuca.
por Mirian Ibañez



Cartão-postal do Brasil, no imaginário de quem quer que venha do exterior em busca de suas belezas, o Rio de Janeiro "continua lindo", como diz a letra da canção Aquele abraço, do agora ministro da Cultura, Gilberto Gil. A referência é especialmente relevante se compararmos paisagens antigas com atuais. É o caso da enseada de Botafogo. O contorno sinuoso ganhou esguias palmeiras, assim como prédios onde no início do século havia raras edificações quase debruçadas sobre o mar, em meio à vegetação nativa que não mais existe. O Rio de Janeiro ganhou seu maior adjetivo nos idos de 1934, quando o compositor baiano André Filho lançou a marcha carnavalesca Cidade maravilhosa, sucesso imediato transformado em hino.


A cidade foi fundada em 1o de março de 1565, por Estácio de Sá, sobrinho do 3o governador-geral do Brasil, Mem de Sá. Naquelas origens, o terreno urbano estava localizado na Urca, mas depois foi transferido, por questões de segurança, para o morro do Castelo. O progresso que viveu em seguida levou as autoridades coloniais a elevá-la a capital do vice-reino em 1763. Nessa condição, em 1808, recebeu a família real portuguesa, em sua mudança de domicílio para fugir à ânsia expansionista de Napoleão. E se beneficiou do status de centro de poder consagrado pela proclamação da República, em 1889. Só perdeu a primazia de capital federal em 1960, quando o governo central mudou para Brasília.



Inúmeras são as atrações desse urbanizado perímetro à beira da baía de Guanabara, a começar por sítios tão emblemáticos como o Cristo Redentor e o morro da Urca.



Desde as praias mais conhecidas, como Copacabana, a bairros com charme muito particular, como Ipanema, ela tem muito a oferecer para quem tenha disposição de desvendar seus recônditos. O morro de Santa Tereza, por exemplo, de onde se pode baixar nos velhos bondes que terminam a viagem nos Arcos da Lapa. Estes, construídos entre 1719 e 1725, serviam originalmente de aqueduto para o rio Carioca.



A paisagem exuberante se mescla à obra do homem através do tempo. A própria natureza, aliás, foi recriada ali, na floresta da Tijuca, reconstituída com suas espécies nativas em 1861, por ordem de D. Pedro II. A devastação aconteceu a partir do momento em que a corte portuguesa se transferiu para o Brasil, em 1808, porque o centro urbano se expandia e havia necessidade de usar madeiras como fonte de energia. Mais adiante, cafezais tomaram o lugar da cobertura original. A floresta, marco divisório entre as zonas Norte e Sul da cidade, integra um parque nacional com cerca de 33 km2, aberto à visitação e com pontos de muito interesse, entre os quais a pedra da Gávea. Outro ponto turístico marcante é o Jardim Botânico, criado em 1808 pelo príncipe regente, que mais adiante assumiria o título de D.João VI. Sua primeira designação foi Real Horto, plantado com mudas trazidas das ilhas Maurício.



















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